Numa semana, no mínimo, complicada no que toca a horários e actividades, lá se acabou por arranjar (finalmente!) um tempinho para ver A Single Man, o filme que marcou a (auspiciosa) estreia do estilista Tom Ford na realização.
George Falconer (interpretado por um Colin Firth que mais tarde viria a ser nomeado para o Oscar de Melhor Actor por este mesmo papel) é um professor inglês radicado em Los Angeles, que, após a morte do seu companheiro de longa data, Jim, encontra dificuldades em lidar com a sua dor. Depois de oito meses de luto, George decide pôr fim à sua vida. George passa, então, o dia em que se planeia matar com várias pessoas que, de uma maneira, ou doutra, o fazem redescobrir os pequenos prazeres e alegrias da vida, enquanto relembra a sua vida em comum com Jim e coloca os seus assuntos em ordem.
No capítulo da representação, é quase obrigatório destacar os papéis do já mencionado Colin Firth, de Julianne Moore como Charley, a amiga de George que sonha em ter um relacionamento com ele, apesar da sua homossexualidade, e de Nicholas Hoult (o Tony de Skins) como Kenny, um dos alunos de George, que demonstra uma estranha curiosidade pelo seu professor.
A Single Man imerge-nos numa nostalgia dourada, numa doce melancolia motivada pelo sentimento de perda e pelas recordações de um passado que já não torna mais - sensações motivadas, fundamentalmente, pela belíssima fotografia do filme, dominada pelos tons em castanho, amarelo e sépia.
Tom Ford conseguiu construir um bom drama, que vale, sobretudo, pela boas interpretações de um elenco com uma qualidade muito acima da média, e fazer esquecer que esta foi a sua estreia como realizador.
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