domingo, 30 de junho de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

Entrei no Quarto Errado


Em plena época baixa de actividade entre portas - os outros compromissos dos redactores assim o obrigam - o José Carlos Maltez, do blog A janela encantada, convidou-me a programa um ciclo de Cinema como bem me aprouvesse. Pois bem, não me fiz rogado, e pus-me a escolher os filmes.

O tema, esse, ficou Entrei no Quarto Errado. Para conferir as obras seleccionadas, basta passar por aqui. E aproveitar para dar uma vista de olhos pelo resto do espaço (e não só pelas outras entradas d'O Meu Ciclo).

domingo, 23 de junho de 2013

Sunday Stills #42: "Aniki Bóbó"


Na noite mais tradicional do Porto não podíamos deixar de lembrar a cidade que nos empresta o nome. A homenagem, claro está, nem é nossa: fazemo-la através de ANIKI BÓBÓ, de Manoel de Oliveira, obra seminal que imprime o Porto em cada um dos seus fotogramas.

domingo, 16 de junho de 2013

Sunday Stills #41: "From Here to Eternity"


O beijo na praia entre Burt Lancaster e Deborah Kerr em FROM HERE TO ETERNITY, de Fred Zinnemann. Ou como um fotograma imortalizou um filme na história do Cinema.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Trailer de "Blue Jasmine"

Woody Allen não falha desde 1982: todos os anos estreia, pela menos, um filme. O de 2013, BLUE JASMINE, marca o seu regresso aos states. Nova Iorque, essa, é que continua longe. A fita, protagonizada por Cate Blanchett, tem estreia prevista em Portugal para 5 de Setembro.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sunday Stills #40: "Rosa de Areia"



Um dia depois do habitual - o 10 de Junho assim o pediu - fomos buscar o fotograma desta semana (ou, melhor, da última) a uma das grandes obras do Cinema português. Referimo-nos a ROSA DE AREIA (1989), de António Reis e Margarida Cordeiro, mais poesia do que filme. Se tivermos em atenção que o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é assinalado na morte de um artista - em detrimento, por exemplo, da independência do território -, não me parece, de todo, descabido que se celebre a ocasião com Arte. Até porque o trabalho de Reis (com ou sem Margarida Correio a seu lado) espelha uma outra faceta do que é ser português, do que é sentir Portugal.

sábado, 8 de junho de 2013

Before Midnight (2013)

Acabado de sair de BEFORE MIDNIGHT, não deixa de ter a sua certa piada que um jovem casal tenha decidido sentar-se na mesa atrás da qual componho estas linhas. Passe a indelicadeza de escutar conversas alheias, lembro-me imediatamente do almoço grego do filme, "regado" a histórias trocadas entre casais em diferentes fases de relacionamento, quando os ouço falar de amor eterno. Da rapariga que do alto dos seus twenties nega a sua existência - antes que a viúva a cale (a ela, e a todos) com a fugacidade da memória do falecido marido - ao patriarca que afirma que no casamento a paixão é substituída pelo pragmatismo de quem cuida do parceiro.


A aceitar essa visão mais prática -e cínica - do tema, Jesse e Celine guiam-se já pelas regras da conveniência. O entusiasmo do boy meets girl, boy loses girl, boy gets girl back dos primeiros capítulos deu lugar à responsabilidade de uma união com duas filhas, mais um do casamento anterior. Sem a liberdade que a família tira, não ensaiam com tanta frequência o charme juvenil e a sexualidade despreocupada de quem abandonava comboios com desconhecidos e perdia voos de regresso a casa por uma noite com amantes recuperados. As personagens de Hawke e Delpy - que, diga-se, são os papéis das suas carreiras - não são as mesmas desses tempos de juventude; ou, melhor, sendo-as, envelheceram (mas sem, necessariamente, amadurecerem). E ainda bem. O espectador que as acompanhou ao longo destas quase duas décadas - importa realçar o tempo que passou desde a primeira noite em Viena - não continuará, certamente, o mesmo. Confirma-se, pois, aquela que julgo ser a característica mais interessante do Cinema de Richard Linklater, a sua rara capacidade de evoluir com as personagens a que se dedica.

Outrossim, reforça-se algo que não me canso de defender: o cineasta norte-americano é um dos grandes auteurs - e um dos mais multifacetados, também - em actividade. De um lado temos o Linklater das trips ácidas, de Dazed and Confused e A Scanner Darkly; do outro, o de câmara rohmeriana, o contador de estórias e explorador de intimidades que tenta congelar a vida em celulóide. Menos certo parece-me, contudo, decantar esses seus dois lados. Ou se tal, mesmo querendo-o, seria sequer possível.

Essa subtil complexidade do trabalho de Linklater manifesta-se com especial força na passagem dos enquadramentos partilhados - a norma nos anteriores filmes e na primeira parte deste - para o esquema de campo-contra-campo adoptado durante a discussão do casal. Nesses momentos em que tudo quase se desmorona - quase? - revela-se a dolorosa verdade que, apesar de indiciada logo desde o início, o espectador escolheu ignorar: há algo de errado no relacionamento entre Jesse e Celine. Ele, onanista, fantasia nos livros que escreve com a sexualidade de outras aventuras (continua um teen americano, como Celine, às tantas lhe diz). Ela, frustrada com a sua ausência, ressente-se desse seu lado fetichista. Já não há romantismo, só desgaste.

O jovem casal que partilhava o pátio comigo já se foi, deixando-me a sós com estas linhas. Revivo mentalmente - com todas as liberdades que o Cinema me permite - a cena final que tenta, mais do que recompor, redimir aquelas personagens por quem me apaixonei, já lá vão alguns anos. E o magnífico travelling-out - todo o filme goza, aliás, goza de uma direcção de fotografia belíssima - que me "puxou", uma vez mais, das suas vidas. Tento resolver a questão central que Before Midnight coloca: será possível ser-se fiel (ao outro, a nós) sem, no entanto, o ser? Não consigo encontrar a resposta. Sei apenas que, a acabar na Grécia, o mais trágico dos destinos - e, voltando ao tal almoço grego, já lembrava um dos convivas que foram os gregos a inventar a Tragédia -, não podia pedir melhor conclusão para a história de Jesse e Celine. Mas a porta, essa, ficou aberta a um novo reencontro. Por agora...


Título Original: Before Midnight (EUA, 2013)
Realizador: Richard Linklater
Argumento: Richard Linklater, Julie Delpy, Ethan Hawke (baseados nas personagens de Richard Linklater e Kim Krizan)
Intérpretes: Ethan Hawke, Julie Delpy, Seamus Davey-Fitzpatrick, Walter Lassally, Ariane Labed, Yiannis Papadopoulos, Athina Rachel Tsangari, Panos Koronis
Música: Graham Reynolds
Fotografia: Christos Voudouris
Género: Drama
Duração: 108 minutos


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Cinema no 10º aniversário do Serralves em Festa

Para quem vive no Porto e conta passar pelo Serralves em Festa - a 10ª edição da maior mostra de expressão artística contemporânea em Portugal - este fim-de-semana há Cinema para ver. Ficam as actividades planeadas:

Sábado, 8 de Junho

Cinema de Animação | Auditório da Fundação de Serralves | 12h00

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Domingo, 9 de Junho

SEVEN CHANCES (1925), de Buster Keaton | Auditório da Fundação de Serralves | 12h00

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Entrevista com Luís Costa: «Há coisas que não precisam de explicação»

Não é raro ficar-se amigo de um entrevistado, ultrapassadas as formalidades do questionário. Mais raro é, no entanto, ter a oportunidade de entrevistar um amigo à partida, alguém com quem já partilhamos experiências em comum. A propósito da estreia de FONTELONGA - obra belíssima sobre uma aldeia portuguesa - no Black & White 2013, lançamos o repto ao Luís Costa: falar-nos do seu filme como se não nos conhecesse. Acompanhado por Simon de Sousa, um dos produtores - e a poucas horas de subir ao palco do Auditório Ilídio Pinho para receber o Prémio do Público para a Secção de Vídeo do festival -, Luís aceitou o convite. Fica o resultado da conversa naquela esplanada ventosa, onde se relembraram caminhadas de regresso ao Porto "alimentadas" por Bergman e Malick, o Cinema e, acima de tudo, esse «milagre da memória» que se traduz na sua fita de estreia.

Como é que vão parar a Fontelonga? Sei que na apresentação da obra disseste que é a aldeia dos teus avós maternos, mas donde é que surge a ideia de ir lá filmar?

Luís Costa: Olha, engraçado que perguntes isso. Estávamos a acabar um trabalho - um ensaio sobre o tempo - para uma das cadeiras da universidade, e estávamos a caminho das bombas para comprar tabaco, não sei se te lembras...

Simon de Sousa: Tu disseste-me isso quando estávamos naquele café à beira da praia.

LC: Mas ali estávamos a comprar tabaco na BP, e estávamos a falar do meu avô e de não-sei-que-mais, e pensei "vou fazer um filme sobre o meu avô". Ele [o Simon] disse-me para primeiro pensar naquele, mas lá fiquei com o bichinho do FONTELONGA. Ainda não tinha acabado o ano, e já estava a equipa convidada para fazer o filme.

Começas a tua carreira com um documentário. É um registo no qual gostarias de continuar?

LC: Quero realizar mais documentários, mas não sei se é o formato no qual quero ficar definitivamente.

Mas mais sobre Fontelonga?

LC: Não, isso não. Já chega. Encerrei o capítulo sobre Fontelonga; e bem, creio.

Na apresentação do filme falaste de outra ideia muito interessante, o «milagre da memória». Que floreamos momentos da nossa infância, fazemos dos nossos avós heróis e guardamos uma ideia do passado que pode não corresponder exactamente ao que realmente se passou. De que forma sentes, ao filmar um lugar que te viu crescer, esse peso?

LC: Naturalmente, como muitos sabem, Fontelonga já foi uma terra cheia de vida. E eu, quando era miúdo, vinha com o carro cheio de fruta, cheio de tudo: era azeite, batatas... A transição para um aldeia deserta foi muito rápida - é essa a noção que tenho desde novo. E parece-me que foi desde que o meu avô morreu que a aldeia também começou a morrer. E com a aldeia a ficar deserta a minha preocupação era redimi-la uma última vez. Uma aldeia que era grande e que nunca mais ninguém vai dizer que conseguiu ser grande, percebes? Foi tentar, pelas palavras da Maria José, dizer que aquilo já teve vida, e tentar lembrar a aldeia num último momento, lembrá-la no discurso dela - no presente - aquilo que já foi.

Sentes o teu filme como uma espécie de elegia à aldeia, um canto-de-cisne da ruralidade portuguesa, ou mais como uma tentativa de usar a própria memória para a fixar?

LC: Acho que é uma mistura dos dois. Acho que é uma mistura perfeita dos dois. É tentar fazer jus à aldeia. Aliás, quando começamos, eu pensei "se calhar, isto vai ser muito centrado no meu avô", mas passou a ser um filme sobre a morte das aldeias de Portugal. E passou a ser um filme de Fontelonga. E depois passou a ser, digo eu, uma coisa universal.

FONTELONGA acaba no cemitério, num plano magnífico. É uma metáfora para a morte da própria aldeia?

LC: Curioso que perguntes isso. Não sei se te posso responder à pergunta. O filme, numa primeira versão, não terminava assim. Nem tenho bem a certeza onde é que o tal plano encaixava. Mas depois de o vermos ficámos com a sensação que precisava de um ponto final. Fomos mexendo, e...

SdS: E nada.

LC: Exacto, e nada. Há coisas que não precisam de explicação.

Black & White 2013, Dia 3: do milagre da memória


Já terminado o Black & White 2013 há largos dias, e olhando o que ficou para trás, vou compreendendo melhor o que o Luís Costa quis dizer quando falou no «milagre da memória» durante a apresentação de FONTELONGA. Nessa coisa muito curiosa de se guardar na cabeça uma imagem do que foi, e que pode ou não - e inclino-me mais para a segunda opção - corresponder à realidade. À distância, tudo parece mais simples: os vencedores já se conhecem, a festa já se fez, os filmes já passaram. Sobra o simulacro quimérico que se retém do celulóide, das estórias projectadas. Mas, e passe a melancolia que "salta" destas linhas, já me adianto. Recuemos uma semana.

Na esplanada ventosa do Bar das Artes - onde, um dia mais tarde, entrevistaria o Luís e o Simon -, sento-me finalmente com o Xico. No auditório realiza-se uma artist talk com Evgen Bavcar, fotógrafo cego - para quem, desconfio, a imagem mental que guarda das formas e situações se afigura especialmente importante -, abandonada a meio; não que não estivesse a ser interessante, porque estava, mas a oportunidade de discutir Cinema com um dos gajos com quem mais gosto de o fazer é irrecusável. As cadeiras ainda não estão quentes, e já vamos em Tarkovsky. Que o russo tirava planos como ninguém, que os filmes dele são colossos. Tudo bem, concordo, mas e então o Dreyer? Pá, tens razão, o Dreyer; aqueles enquadramentos pelos ombros eram sobrenaturais, toda a gente parecia tocada pela Graça. E vamos a Reis - outra vez? Sim, outra vez. -, àquela Natureza poética, aos trabalhos com a esposa Margarida, a ANA e a JAIME. Lynch, esse mestre do non-sequitur, mete-se oportunamente na conversa. E César Monteiro, Gomes, Oliveira, Villaverde, enfim, todos esses gigantes do Nosso Cinema passados em revista. E acaba-se, como quem não quer a coisa, no Luís, amigo em comum, e no seu filme. Do Xico leva os maiores elogios: que houve quem chorasse ao vê-lo, que está muito bem feito. E a expectativa aumenta.

Despedimo-nos. E o meu telemóvel toca. É o Junior. Não conseguiu chegar a tempo do filme do Luís, que só pode ir amanhã. Discutimos a cobertura ao festival, a entrevista marcada, as crónicas que já se escreveram puxando do vernáculo e as que ainda faltam escrever. E vou tomar um café, para despertar da moleza provocada pelo Sol da tarde. As horas vão passando comigo a rabiscar no caderno. A inspiração, essa, tarda em chegar. A sineta salva-me do marasmo criativo: vão começar os filmes.

É um experimental a abrir as hostilidades. Literalmente. HERMENEUTICS (Rússia, 2012), de Alexei Dmitriev, exercita a (des)montagem, construindo um raccord entre um disparo de obus que aterroriza as tropas inimigas e um fogo-de-artifício que maravilha a populaça. Resumindo a questão - que, aliás, se resume por si na curta duração da peça -, a guerra como gáudio. Menos imediato é HAMAIKETAKOA (Espanha, 2012), de Telmo Esnal. Através de contornos absurdistas, Esnal transforma os homens em cães que rosnam entre si, colocando as mulheres a assistir ao espectáculo (diário, pelo que se julga). A ideia - e o comentário - é interessante; pena sobrar tão pouco no fim, para além das gargalhadas.

Das ruas passa-se para o ringue de THE FINAL BELL (França, ?), de Lionel Michaud. O pior pugilista de sempre, conforme nos é confessado pelas legendas finais, não quer perder o último combate. Uma personagem manhosa (o agente?) pede-lhe que o faça a troco de um emprego a tempo inteiro, depois a namorada emasculadora que prefere a segurança do rendimento à honra do "seu" homem, mas nem isso o convence. Resta ir à luta e esperar que o outro caia mais depressa do que ele. De Michaud, que quase "estrangula" o filme com tanto classicismo - que, apesar de tudo, sempre lhe terá valido o Grande Prémio do Júri -, dá para perceber a atracção pela Hollywood clássica através da forma como filma. Razoável.

TIN & TINA (Espanha, 2013), de Rubin Stein, foi a grande surpresa da noite. Terror a puxar pelos bons tempos da Hammer e da Universal, bem como pelo arquivo de gente como Carpenter, Lynch, Buñuel e mais uns quantos, cumpre o seu objectivo na perfeição: deixar a audiência desconfortável. Stein utiliza com particular habilidade a câmara, quase estática, terminando num travelling memorável: lentamente, revela o corpo chacinado do pai coberto pelas penas provenientes de uma «luta de anjos» - leia-se, almofadas - dos filhos. No meio de tamanha bizarria há ainda tempo para um dos melhores jump scares dos últimos anos. Altamente recomendado.

Os dois portugueses do dia merecem, cada um, o seu próprio parágrafo. SOB/UNDER (Portugal, 2012), de Nuno Prudêncio, é uma ode ao Cinema. Melhor, ao trabalho invisível por detrás do Cinema. Talvez seja por isso que às tantas a personagem de Sisley Dias diz ao protagonista que o seu trabalho - legendar filmes - não passa de um erro gráfico na imagem. Naquele gabinete em que a realidade se confunde com a ficção, em que as personagens trocam de lado na tela, trabalham-se esses caracteres que, embora errados, dão significado à acção. «Se quiseres, temo-nos um ao outro para traduzir durante o resto da vida. E já é trabalho suficiente.», diz o protagonista à amada pela legendagem de uma fita. E assim, como quem não quer a coisa, Prudêncio transporta a beleza do Cinema para a própria realidade.

Há um plano - nem de propósito, o último - em FONTELONGA (Portugal, 2013), de Luís Costa, que, desconfio, há-de ficar comigo por muitos anos que venham: no cemitério, Maria José, a narradora de tão sentido elogio à aldeia portuguesa, afirma com naturalidade que havemos todos de morrer e ninguém se lembrará de nós. É esse o grande soco no estômago da obra de estreia de Costa, um documentário filmado na aldeia dos seus avós maternos, esvaziada de gente e de vida. Só com essa intimidade se consegue capturar de forma tão bela a essência de um lugar, a verdade que se esconde no espaço. Costa teve ainda o mérito de pensar como poucos o seu filme: nada é deixado ao acaso, tudo tem uma razão de ser. Do «milagre da memória», esse romance tão bonito, conservado pela câmara para quem o quiser recordar.

António Tavares de Figueiredo

quarta-feira, 5 de junho de 2013

«A mechanical wonder»

A cinefilia como cura para o vampirismo, ou como o nascer-do-Sol mecânico salvou uma alma à deriva.









INTERVIEW WITH THE VAMPIRE: THE VAMPIRE CHRONICLES (1994), de Neil Jordan

terça-feira, 4 de junho de 2013

Filme do Mês #5

Todos os meses, o filme com estreia - comercial - nacional que melhor pontuação recebeu da redacção do Matinée Portuense, e o que por cá se escreveu sobre ele.

Maio, 2013

Ainda não foi desta que conseguimos seguir as estreias comerciais com a atenção desejada. Ainda assim, dos filmes vistos, poucos foram os que desiludiram a redacção. Gangsters coloridos, festas desmedidas, passados revisitados e passeios pelos montes. Feito o resumo do mês, SPRING BREAKERS, de Harmony Korine, que, com as suas nove câmaras fluorescentes, levou para casa o título mensal.

«Por não se poder esconder a vacuidade dos comportamentos - porque, efectivamente, não há ali nada senão o hedonismo histriónico de umas spring breaks alimentadas a alucinogénicos -, tenta-se atribuir-lhes um sentido qualquer, metralhando máximas pseudo-filosóficas que, a cada reprodução, se vão esvaziando do seu significado.» (ATF)

domingo, 2 de junho de 2013

Sunday Stills #39: "The Darjeeling Limited"



Depois de uma semana em que estivemos praticamente afastados do Cinema - o Primavera Sound não ajudou -, apanhamos de novo o comboio. E logo com um fotograma de THE DARJEELING LIMITED, de Wes Anderson.