segunda-feira, 20 de junho de 2011

Oscar's Adventures!

Numa tentativa de apelar às boas práticas ambientais dos mais jovens e obter um projecto escolar inovador, ou seja, simplesmente para ter a melhor classificação possível, apresentamos esta curta-metragem de animação 3D realizada pelos alunos do 12º ano do Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora nº2. Podem não achar lá grande coisa ou que tem muitos, para não dizer imensos, erros, mas a verdade é que nenhum dos produtores se importa visto que esta obra-prima(?) cumpriu com os seus objectivos, o que já é uma grande vitória.

"Oscar,O Urso Polar apercebe-se do estado negativo em que se encontra o planeta Terra e decide fazer algo de forma a contrariar esta situação. Com a ajuda do seu avião dirige-se a uma cidade onde irá sensibilizar as pessoas para boas práticas ambientais.

Entretanto, do outro lado do planeta, um inofensivo e indefeso pinguim sofre na pele as consequências da degradação ambiental. Conseguiram e o seu fiel companheiro escapar ao terrível destino que os espera?"


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Long live the 80's

Para promover Take Me Home Tonight, o mais recente filme de Topher Grace e Dan Fogler, os Atomic Tom lançaram um videoclipe recheado de referências cinematográficas aos anos 80 de Don't You Want Me, original dos Human League, música que, de resto, figura na banda sonora da película.



Kudos para quem acertar em todas as referências aos clássicos dos anos 80 presentes no vídeo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Hobo with a Shotgun (2011)

Hoje damos a conhecer Hobo with a Shotgun, de Jason Eisener. De certeza que quem é familiarizado com Grindhouse, de Quentin Tarantino, vai reconhecer este titulo, que é idêntico ao de um trailer falso de Grindhouse, e para nosso rejubilo: o enredo também é igual! Um óptimo começo de ano, resta-nos esperar que haja uma continuação de boas produções.

Tudo começa quando um velho mendigo (Rutger Hauer) chega de comboio a Hope Town, uma cidade onde governa a anarquia e o caos, os policias são corruptos e todas as pessoas temem The Drake (Brian Downey), um soberano cruel e impiedoso que mata brutalmente todos que se atravessam no seu caminho. No meio de todo o crime na cidade o mendigo encontra uma luz de esperança ao ver um cortador de relva numa loja de penhore e pensa logo em comçar um negocio a cortar relva, infelizmente o cortador custa 49,99$, algo que o mendigo não consegue pagar e então decide ir pedir dinheiro na rua. Após testemunhar um dos filhos do The Drake, Slick (Gregory Smith), a tentar raptar uma prostituta, Abby (Molly Dunsworth), decide dar-lhe um enxerto de porrada com uma peúga cheia de moedas e leva-lo ao chefe da policia, que liberta o Slick imediatamente a ajuda-o na sua vingança contra o mendigo. Abby mais tarde encontra-o ensanguentado e trata-lhe das feridas, mas nada disto desvia a atenção do mendigo do cortador de relva, que chega a aceitar fazer uma gravação dele a comer vidro para ganhar alguns trocos. quando finalmente arranja dinheiro suficiente, o mendigo dirije-se directamente à loja de penhores, lá, antes que o mendigo possa fazer a sua compra, um grupo de ladrões tenta assaltar a loja. Farto de ver tanto crime a acontecer à sua volta, o mendigo, em vez do cortador de relva, pega numa caçadeira, que também custa 49,99$, e mata todos os assaltantes. Decidido a acabar com as injustiças em Hope Town, o mendigo mata qualquer criminoso que encontre pela frente, "one shell at a time".

É um filme, que definitivamente nos faz questionar o nosso sentido de ética e moral, pois nem todos se comportam da mesma maneira quando defrontados com certos acontecimentos demonstrados no filme, e ao mesmo tempo consegue entreter-nos com bons momentos cómicos, ainda que um bocado negros e sádicos. Pode-se dizer que o filme, em geral, se assemelha com algo realizado por Tarantino, o que de certeza irá agradar ao público.

Sem dúvida alguma, a visualização deste filme é quase obrigatória, não é algo muito extravagante, mas em termos de conteúdo é muito bom e divertido, uma experiencia bastante gratificante e apelativa.


O famoso trailer falso de Grindhouse

Título Original: Hobo With A Shotgun
Realizador: Jason Eisener
Argumento: John Davies
Intérpretes: Rutger Hauer; Molly Dunsworth; Brian Downey; Gregory Smith
Música: Alexander Rosborough
Fotografia: Karim Hussain
Género: Crime; Gore; Thriller
Duração: 86 minutos



terça-feira, 19 de abril de 2011

Casablanca (1942)

Captain Louis Renault: «In Casablanca I am master of my fate!»
(apenas para não escolher uma das frases memoráveis que já todos conhecem)


Escrever sobre Casablanca é escrever sobre cinema a sério - não há volta a dar, e toda esta crítica podia ser resumida nesta simples, e, no entanto, tão verdadeira frase. Casablanca é o grande clássico do cinema norte-americano, o filme que melhor sintetiza o espírito de quem habita no burgo do Tio Sam.

Numa época dourada para o cinema norte-americano, em que os maiores estúdios de cinema emprestavam as suas estrelas entre si, e em que os filmes lançados eram em muito menor quantidade do que hoje em dia, os filmes tinham o seu grande atractivo no argumento e na história que escolhiam apresentar aos seus espectadores, que, sem televisão, viam no cinema e na rádio as suas maiores fontes de entretenimento.

Em 1942, em plena IIª Guerra Mundial, a Warner Bros., gigante do entretenimento americano, conhecida na época pelas suas posições marcadamente anti-germânicas, decidiu apostar, e bem, em Casablanca, um filme com um argumento adaptado de uma peça de teatro (um musical) que nunca chegou a estrear. Rick Blaine (Humphrey Bogart) é um americano expatriado a residir em Casablanca, ponto obrigatório de passagem para quem queria voar para Lisboa e, consequentemente, para o Novo Mundo; dono do café da moda, onde se joga a dinheiro, se conquistam mulheres, e, ainda mais importante, se compram e vendem vistos (as Letters of Transit), indispensáveis para quem quisesse viajar para a América e escapar à guerra que assolava a Europa, Rick, que se mantém à margem da política, mesmo quando ela é discutida no seu café e pelos seus empregados, vê-se obrigado a enfrentar um passado que julgava já ter esquecido quando entram no seu café Victor Laszlo (Paul Henreid), figura do movimento de resistência clandestino à opressão alemã, e Ilsa Lund (Ingrid Bergman), a mulher que abandonou Rick em Paris.

Num elenco recheado de actores de enorme qualidade, entre os quais se contam Claude Rains (discutivelmente, e para mim, o melhor actor secundário alguma vez projectado num grande ecrã), Paul Henreid, Peter Lorre, Dooley Wilson (o Sam) e Ingrid Bergman, Casablanca vive sobretudo, mas não só, da interpretação inesquecível de Humphrey Bogart como Rick Blaine, o derradeiro herói dos anti-heróis. Bogart, que não se assumia como o habitual galã do cinema americano, correspondendo mais ao estereótipo de bêbedo briguento, deu vida como nenhum outro actor o conseguiria fazer a Rick - e Rick Blaine, o solitário que tinha como destino ajudar os oprimidos, deu vida como nenhuma outra personagem o conseguiu fazer à carreira de Bogart. O Oscar de Melhor Actor escapou-lhe, mas a fama, essa, nunca ninguém lha conseguiria tirar.

Casablanca é o filme que mais se aproxima da perfeição, pelo seu argumento, pelo seu elenco, e, sobretudo, pelo contexto em que foi produzido e originalmente lançado. O seu humor quase negro, a sua miríade de frases repetidas até à quase exaustão em todas as situações possíveis e imagináveis, a sua As Time Goes By, tocada por Sam no seu piano, o seu clímax na cena final, tudo contribui para a mitificação deste belíssimo filme. O momento em que vemos Casablanca é o momento em que começamos a ver, verdadeiramente, cinema - depois de o vermos, nada mais é igual ao que era antes: a água sabe-nos ao mesmo, o Sol brilha como de costume, mas nós, mudados pelo que vimos, queremos, sempre, e para sempre, retornar àquela magnífica cidade aportada na costa africana, símbolo de sonhos concretizados e de liberdade.

Casablanca não é um filme normal. É algo de incomensuravelmente belo, que merece ser revisto sempre que nos apeteça. E, quer queiramos, quer não, a frase que melhor o descreve é aquela que nunca chegou a ser dita: Play it again, Sam.




Ilsa: Play it once, Sam. For old times' sake.
Sam: [lying] I don't know what you mean, Miss Ilsa.
Ilsa: Play it, Sam. Play "As Time Goes By".

Título Original: Casablanca
Realização: Michael Curtiz
Argumento: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein, Howard Koch & Murray Burnett e Joan Alison (peça Everybody Comes to Rick's)
Intérpretes: Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Dooley Wilson, Peter Lorre, Conrad Veidt
Música: Max Steiner
Fotografia: Arthur Edeson
Género: Drama, Guerra, Romance
Duração: 102 minutos

IMDb: 8.8/10
Rotten Tomatoes: 97% (9/10 average rating)



sábado, 9 de abril de 2011

Les nuits rouges du bourreau de jade (2009)

Les nuits rouges du bourreau de jade, a.k.a. Red Nights, é de certeza um filme que promete ser um dos mais interessantes de ver. Apesar de serem as suas primeiras participações num filme como realizadores, Julien Carbon e Laurent Courtiaud foram capazes de introduzir algo inovador e apelativo a este crossover asiático e francês, algo que explora os cantos mais sombrios do comportamento humano através duma perspectiva fetichista e psicossexual.

Embora seja graficamente soberbo, em termos de conteúdo não estamos perante um filme demasiado complexo. A história circula à volta duma caixa que contem um selo de jade branco, que dizem ter pertencido ao primeiro Imperador da China e encontra-se na posse de Catherine (Frédérique Bel). Após matar o amante, Catherine foge para Hong Kong com intenções de vender o artefacto, pouco depois descobre-se que afinal o selo contem um elixir antigo, desenvolvido pelo carrasco do Primeiro Imperador da China, que possui propriedades paralisantes e é capaz de reforçar as sensações do ser humano. Esta descoberta faz com que Catherine seja apanhada nos esquemas de Carrie Chan (Carrie Ng), uma abastada patrona das artes e amante de sadomasoquismo, obcecada pelo elixir que não olha a fins para obter o elixir.

Este thriller erótico é capaz de cativar a atenção do espectador logo desde o inicio e mantém-nos colados ao ecrã durante todo o filme, graças as suas diversas cenas exóticas e chocantes que envolvem diversas torturas física e psicologicamente sádicas, que focam não só na dor do individuo mas como também no prazer proporcionado, algo que aqui no Matinée consideramos inédito. A imagem e fotografia desta obra-prima é simplesmente fantástica e demonstra grande profissionalismo no seu desenvolvimento, isso em junção com uma óptima banda sonora, proporcionam uma excelente experiência de visualização e realça tudo o que há de bom tanto nas cenas como na história em si.

É definitivamente um filme que se deve ver pelo menos uma vez, seja acompanhado ou sozinho, e deve ser visualizado com uma mente aberta ao inesperado, dessa forma poderá desfrutar ao máximo esta experiência e as novas sensações que este filme introduz na industria cinematográfica.





Título Original: Les Nuits Rouges du Bourreau de Jade
Realizador: Julien Carbon; Laurent Courtiaud
Argumento: Julien Carbon; Laurent Courtiaud
Intérpretes: Frédérique Bel; Carrie Ng; Carole Brana; Stephen Wong Cheung-Hing; Kotone Amamiya 
Música: Alex Cortés; Willie Cortés
Fotografia: Man-Ching Ng
Género: Thriller; Gore
Duração: 98 minutos



quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Single Man (2009)

Numa semana, no mínimo, complicada no que toca a horários e actividades, lá se acabou por arranjar (finalmente!) um tempinho para ver A Single Man, o filme que marcou a (auspiciosa) estreia do estilista Tom Ford na realização.

George Falconer (interpretado por um Colin Firth que mais tarde viria a ser nomeado para o Oscar de Melhor Actor por este mesmo papel) é um professor inglês radicado em Los Angeles, que, após a morte do seu companheiro de longa data, Jim, encontra dificuldades em lidar com a sua dor. Depois de oito meses de luto, George decide pôr fim à sua vida. George passa, então, o dia em que se planeia matar com várias pessoas que, de uma maneira, ou doutra, o fazem redescobrir os pequenos prazeres e alegrias da vida, enquanto relembra a sua vida em comum com Jim e coloca os seus assuntos em ordem.

No capítulo da representação, é quase obrigatório destacar os papéis do já mencionado Colin Firth, de Julianne Moore como Charley, a amiga de George que sonha em ter um relacionamento com ele, apesar da sua homossexualidade, e de Nicholas Hoult (o Tony de Skins) como Kenny, um dos alunos de George, que demonstra uma estranha curiosidade pelo seu professor.

A Single Man imerge-nos numa nostalgia dourada, numa doce melancolia motivada pelo sentimento de perda e pelas recordações de um passado que já não torna mais - sensações motivadas, fundamentalmente, pela belíssima fotografia do filme, dominada pelos tons em castanho, amarelo e sépia.

Tom Ford conseguiu construir um bom drama, que vale, sobretudo, pela boas interpretações de um elenco com uma qualidade muito acima da média, e fazer esquecer que esta foi a sua estreia como realizador.







Título Original: A Single Man
Realização: Tom Ford 
Argumento: Tom Ford, David Scearce & Christopher Isherwood (romance)
Intérpretes: Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode, Jon Kortajarena, Paulette Lamori
Música: Abel Korzeniowski
Fotografia: Eduard Grau
Género: Drama, Romance
Duração: 99 minutos


segunda-feira, 4 de abril de 2011

3 trailers fresquinhos

Saíram nos últimos dias os trailers de 3 dos filmes mais esperados desta Primavera/Verão: The Hangover Part II, Hobo with a Shotgun e Midnight in Paris.


The Hangover Part II
, Todd Phillips:




Hobo with a Shotgun
, de Jason Eisener:




Midnight in Paris
, de Woody Allen:

sábado, 2 de abril de 2011

Chloe Moretz junta-se a Johnny Depp e companhia em "Dark Shadows"

Está confirmada a participação de Chloe Moretz em Dark Shadows. Chloe juntar-se-á, assim, a nomes como Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Michael Sheen e Jackie Earle Haley, também já confirmados no novo filme de Tim Burton.



Dark Shadows, a história do vampiro Barnabas Collins (Depp), está neste momento em fase de pré-produção, e tem estreia marcada para 2012.

quinta-feira, 31 de março de 2011

The Resident (2011)

Após Let Me In (2010), o remake americano de Låt Den Rätte Komma In (eng: Let the Right One In), The Resident é a mais recente produção lançada pela Hammer Film Productions, a mítica produtora de filmes de terror britânica que atingiu o seu auge durante as décadas de 50 e 60. Cinquenta anos volvidos desde esse período dourado, o nome da Hammer continua entre nós; a qualidade da suas produções, que pauta, inequivocamente, os seus filmes mais antigos, essa, é que já se foi há muito. É claro que um ou outro filme consegue fugir à regra - infelizmente, The Resident não entra nessa lista.

Juliet Devereau (Hilary Swank) é uma médica que se separou recentemente do marido após ter sido traída. Em busca de uma casa para arrendar em New York, encontra o prédio de Max (Jeffrey Dean Morgan, o pai em Supernatural), e do seu tio August (Christopher Lee, uma das figuras da Hammer "clássica"); entusiasmada com a casa, Juliet depressa a decide arrendar. No entanto, a casa dos sonhos de Juliet depressa se tornará no seu maior pesadelo, quando esta descobre que Max desenvolveu uma assustadora obsessão por ela.

Se há frase capaz de descrever The Resident é o chavão «Been there, done that» - nada é novo no argumento de The Resident, o que confere ao espectador uma incómoda sensação de déjà vu durante todo o filme. Do outro lado do espectro encontram-se as sólidas interpretações dos protagonistas, que conseguem, mesmo que por breves momentos, afastar o pensamento de quem vê o filme da falta de originalidade da história. Quanto à realização, a estreia de Antti Jokinen nas grandes produções é pouco mais do que mediana: se é verdade que consegue transmitir ao espectador a sensação de claustrofobia e solidão que tanto apregoou, é também verdade que nunca consegue captar totalmente a atenção de quem vê o filme.

The Resident é um filme com altos e baixos. Mas confesso que, mesmo tendo em conta alguns dos seus filmes mais recentes, esperava um pouco mais de uma produção da Hammer. No geral, The Resident cumpre a sua função, mesmo estando muito longe de deslumbrar. Na nossa opinião, não vale a pena uma ida ao cinema, mas não será, de todo, má ideia vê-lo no sofá com as luzes desligadas.




Título Original: The Resident 
Realização: Antti Jokinen
Argumento: Antti Jokinen & Robert Orr
Intérpretes: Hilary Swank, Jeffrey Dean Morgan, Christopher Lee, Lee Pace
Música: John Ottman
Fotografia: Guillermo Navarro
Género: Drama, Thriller
Duração: 91 minutos

IMDb: 5.2/10
Rotten Tomatoes: 36% (4.4/10 average rating)


quarta-feira, 30 de março de 2011

"[REC]" regressa a Barcelona

Dizem que nunca se deve voltar a uma cidade onde já tenhamos sido felizes - parece, no entanto, que este não é o caso. Pela terceira vez, a bela cidade de Barcelona irá receber a rodagem de um filme da série [REC], criada por Jaume Balagueró, Luis Bardejo e Paco Plaza.

[REC] Genesis será uma espécie de [REC] 0, uma prequela dos restantes filmes da série, e será realizado a solo por Paco Plaza; Balagueró, co-realizador dos dois anteriores filmes da série, será o produtor criativo, regressando à cadeira de realizador no último capítulo de [REC].

[REC] Genesis tem estreia marcada para 2011. O difícil será esperar até lá.


E não há duas sem três

Já está disponível online a terceira curta-metragem de Sucker Punch (mais uma feita por Ben Hibon, autor do segmento animado de Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1), Feudal Warriors.


Sucker Punch (o filme) estreia amanhã em Portugal.

terça-feira, 29 de março de 2011

«There are no second acts in American lives.»

É, parece que o bom velho do Fitzgerald se enganou desta vez: já está prevista uma nova adaptação ao grande ecrã de The Great Gatsby, realizada, desta feita, por Baz Luhrmann. O elenco já conta com Leonardo DiCaprio como o protagonista Jay Gatsby, Tobey Maguire como Nick Carraway e Carey Mulligan como Daisy Buchanan.

Baz Luhrmann, o homem responsável por dar vida a esta nova adaptação de The Great Gatsby.

Corre ainda o rumor de que Luhrmann, o realizador por detrás de Moulin Rouge! e Australia, irá filmar a nova adaptação da obra mais emblemática de F. Scott Fitzgerald em 3D. The Great Gatsby tem estreia prevista para 2012.

E já que falamos de Ellen Page...

... Super, o seu novo filme, está quase a estrear nos EUA. Realizado e escrito por James Gunn, Super conta com nomes como Rainn Wilson (o Dwight da versão americana de The Office), Liv Tyler e Kevin Bacon, para além da já mencionada Ellen Page.

Ellen Page no seu fato de super-heroína.




Super, o novo filme sobre super-heróis inadaptados, ou inadaptados que se tornam super-heróis, chega as salas de cinema norte-americanas dia 1 de Abril.

segunda-feira, 28 de março de 2011

"Whip It", de Drew Barrymore, estreia esta semana em Portugal

Chega esta semana às salas de cinema portuguesas, quase meio ano depois de ter chegado às norte-americanas, Whip It, o filme que marca a estreia de Drew Barrymore na realização - Drew Barrymore que, de resto, protagoniza o filme junto com Ellen Page (Hard Candy, Juno, Inception). O resto do elenco conta com nomes como Zoe Bell, Juliette Lewis e Marcia Gay Harden (vencedora de um Oscar de Melhor Actriz Secundária por Pollock).



Um filme a ver nos cinemas portugueses a partir desta quinta-feira.

"Brostitute", uma paródia com Tim Roth

Lançado pelo Funny or Die, site humorístico norte-americano, Brostitute é um mockumentary sobre os homens que ganham dinheiro através de relações de amizade com outros homens. Para além de contar com Tim Roth, o inglês da série televisiva Lie to Me e de Reservoir Dogs e Pulp Fiction, Brostitute é uma agradável sátira aos mockumentaries. O resultado final, esse, está aqui.


domingo, 27 de março de 2011

"Larry Crowne": Tom Hanks regressa à universidade

Em Larry Crowne, com estreia prevista nos EUA para 1 de Julho de 2011, Tom Hanks interpreta o papel de um homem que, após perder o emprego, regressa à universidade e se apaixona por uma das professoras, interpretada por Julia Roberts. Larry Crowne marca o regresso de Hanks à realização, com um argumento escrito a meias entre ele e Nia Vardalos, argumentista e protagonista de My Big Fat Greek Wedding. Se o Larry Crowne é bom, ou não, ainda não sabemos, mas que conta com um elenco de luxo, lá isso conta!



Larry Crowne tem estreia marcada em Portugal para pouco depois de 1 de Julho.

sábado, 26 de março de 2011

Season of the Witch (2011)

Após o sofrível Gone in Sixty Seconds (2000), o realizador Dominic Sena volta a colaborar com Nicolas Cage no igualmente sofrível Season of the Witch (2011), um filme em parte histórico, em parte fantástico, passado na era das Cruzadas.

Behmen (Cage) e Felson (Ron Perlman - Hellboy, La cité des enfants perdus, Der Name der Rose) são dois cruzados que, após assistirem ao massacre de inocentes numa cidade árabe, desertam do Exército Cristão e iniciam uma viagem pelo Mundo rumo a casa. Infelizmente os tempos são os da Peste Negra, e as populações que ainda sobrevivem trancam-se nas cidades, olham com desconfiança os forasteiros e queimam as bruxas.

Behmen & Felson chegam a uma pequena cidade no meio do nada, onde são reconhecidos como cruzados desertores, e levados à presença do Cardeal D'Ambroise (Christopher Lee). O Cardeal, infectado pela Peste, pede-lhes que façam um último favor à Igreja: transportar uma miúda tida como bruxa para um mosteiro distante, para que lá possa ser julgada segundo a Chave de Salomão, um livro antigo, fonte de sabedoria e compêndio de todos os rituais conhecidos do Homem. Os cruzados juntam-se, então, a Eckhardt, um cavaleiro de luto pela sua família, Debelzaq, um padre, o escudeiro Kay e o vigarista Hagamar (Stephen Graham - Snatch., Gangs of New York). A miúda, Anna, é interpretada por Claire Foy.

All in all, Season of the Witch é um mau filme, demasiado previsível para o seu próprio bem. Os actores nada acrescentam ao argumento, nem o argumento, muito menos, faz sobressair o que há de bom no elenco. A realização de Sena também pouco ou nada acrescenta ao filme, variando entra a monotonia e a completa inexistência de qualidade. Pontos altos em Season of the Witch? Não os há, nem mesmo os efeitos especiais, com os demónios a parecerem feitos de plasticina e pauzinhos de gelado. No máximo dos máximos, podemos encontrar, com uma certa dose de esforço, um ponto razoável em Season of the Witch: Ron Perlman, que, mesmo não vendo as suas capacidades como actor serem aproveitadas ao máximo, consegue, por momentos, fazer o espectador esquecer o horror que está diante dos seus olhos. Normalmente, não descarto completamente a visualização de nenhum filme, mas abro uma excepção para Season of the Witch: para 95 minutos de tortura já nos chegam alguns jogos de futebol da Liga Portuguesa. Season of the Witch perdeu-se entre o que, de facto, é e o que aspirava a ser - acabando, no fundo, por não ser nem uma coisa, nem outra, para mal dos pecados de quem o vê.


Título Original: Season of the Witch
Realização: Dominic Sena
Argumento: Bragi F. Schut
Intérpretes: Nicolas Cage, Ron Perlman, Stephen Campbell Moore, Claire Foy, Robert Sheehan, Ulrich Thomsen, Stephen Graham, Christopher Lee
Música: Atli Örvarsson
Fotografia: Amir M. Mokri
Género: Acção, Fantasia, Histórico
Duração: 95 minutos

IMDb: 5.4/10
metacritic: 28/100
Rotten Tomatoes: 5% (3.4/10 average rating)


The Room (2003): "Wiseau crush! Wiseau smash!"

Finalmente um clássico épico que traz um novo significado à palavra 'mau'. Nunca imaginaria que visualizar um filme destes, que rebenta completamente a escala dos filmes péssimos, pudesse ser tão divertido. The Room (2003), realizado, escrito, produzido e protagonizado por Tommy Wiseau (sim, ele faz tudo!), supostamente um drama, tornou-se numa das melhores comédias desta década, simplesmente por ser tão mau. Num filme em que os actores mais parecem robôs, e onde a ligação entre as cenas se encontra completamente baralhada, The Room ultrapassa todas as expectativas e deixa qualquer um boquiaberto, mas não positivamente.

Isto corre mais ou menos desta maneira: Johnny (Tommy Wiseau), possuidor do rabo mais tonificado de San Francisco, e um banqueiro de sucesso, e a sua namorada Lisa (Juliette Danielle) pretendem casar dentro de um mês. Infelizmente para Johnny, Lisa, que deve sofrer de algum tipo grave de bipolaridade, anda a traí-lo com o seu melhor amigo, Mark (Greg Sestero), que se deixa levar pela tentação, mesmo depois de se declarar um grande amigo de Johnny. Tudo começa a ficar muito confuso quando no meio disto entra a mãe de Lisa (Caroline Minnott), que parece só querer que a filha se despache a casar para encontrar estabilidade financeira, e um miúdo irritante chamado Denny (Philip Haldiman), que, pelo que é revelado durante o filme, é o filho adoptado de Johnny, que, aparentemente, mora no mesmo prédio que ele... E como se isto não bastasse, o grande plano de Lisa para manter Johnny interessado nela é fingindo que está prenha. Ora, este grande plano chega a cair no esquecimento logo após Johnny descobrir que Lisa lhe anda meter um valente par de cornos. Após a descoberta, Johnny quebra mentalmente e comete suicídio.

«Why Lisa? Why?! ARGGRGHHH!»

Os desempenhos dos diversos actores envolvidos são tudo menos satisfatórios - recusam-se a demonstrar qualquer tipo de emoção durante o filme, tornando-o semelhante a algo protagonizado por manequins. Wiseau mais parece sofrer de algum tipo de cancro que lhe afecta grandemente o movimento de certos músculos faciais e lhe alterou de forma grotesca o resto do corpo, despromovido que qualquer tipo de sentimento, e conhecendo apenas um tom de voz, podendo ser comparado a uma espécie de Hulk robotizado. Juliette, por sua vez, perde constantemente a atenção dos espectadores pela sua aparente falta de interesse, sendo as cenas mais intimas os seus únicos pontos altos, não conseguindo, mesmo nesses momentos, cativar a audiência. Sestero, no seu papel de amigo que se deixa levar pela tentação ,também se deixa levar pela onda de más actuações, transmitindo tanta emoção como a um fantoche. O resto do elenco nem vale a pena mencionar, já que são tão maus quanto os referidos anteriormente.

The Room é, actualmente, o único filme que entra na minha categoria de 'bom', por ser tão mau - peço desculpa pelo paradoxo - e, dificilmente, perderá esse estatuto. É excelente para ser visto em grupo, ou até mesmo sozinho, podendo ser visualizado por qualquer pessoa, pois garante um tempo bem passado, cheio de umas boas gargalhadas, seja a ouvir as musicas 'manhosas' das cenas mais intimas, ou até mesmo a assistir o comportamento ridículo de Johnny. Seja como for, The Room é um filme que se deve ver pelo menos uma vez na vida, se bem que vê-lo uma segunda ou terceira vez não o tornará nem um pouco menos divertido que da primeira.


Título Original: The Room
Realizador: Tommy Wiseau
Argumento: Tommy Wiseau
Intérpretes: Tommy Wiseau; Greg Sestero; Philip Haldiman; Kyle Vogt; Carolyn Minnott; Robyn Paris 
Música: Mladen Milicevic
Fotografia: Todd Barron
Género: Drama; Comédia (?)
Duração: 99 minutos



sexta-feira, 25 de março de 2011

Justin Bieber: Never Say Never (2011): "Haverá Cura Possível?"

Após uns quantos anti-depressivos, um traumatismo craniano e uma severa overdose de analgésicos, consegui acabar este tormento. Justin Bieber: Never Say Never (2011), de Jon Chu, é capaz de ser mais aborrecido do que ver relva a crescer - como é possível que tenha sido realizado algo tão inútil e sem sentido? Nunca vi nada tão vazio, e, sinceramente, não cheguei a perceber o que tentaram alcançar com isto, para além de dinheiro. É algo que não passa dum simples e fraco anúncio publicitário ao trabalho dum rapaz de 16 que ainda nem descobriu a verdadeira funcionalidade do seu falo...
Isto é supostamente um 'filme' sobre o Justin Bieber, e se não sabe quem ele é, então é porque acabou de acordar dum coma de 5 anos, ou ainda vive duma pedra. E visto que ele só tem 16 é correcto supor que não um filme com muito conteúdo, principalmente, já que durante o mesmo pouco se fala do 'protagonista', dando-se mais ênfase à triste ilusão do seu actual superestrelato, impulsionado pelo mainstream das redes sociais. Acho que fiquei a conhecer melhor o operador de câmera do que propriamente o sr. Bieber, tirando o facto de ele me parecer bastante alegre e pouco desenvolvido mentalmente. O excesso de imagens e excertos de concertos é tanto,que quebra completamente qualquer tipo de raciocínio que o espectador possa estar a tentar desenvolver sobre os acontecimentos em questão. Outra inconsistência é a sua péssima organização cronológica, que faz com que o filme desabe no ridículo da confusão, entre berros ensurdecedores dos fãs.

Sendo algo inteiramente criado para agradar os fãs, se é que tal se pode chamar a pessoas com aquele tipo de comportamento doentio, é também algo feito só para que esses o entendam, se é que há sequer algo para entender. Aliás, é dada demasiada atenção a comentários de fãs, fãs esses que a meio do concerto quase se matam (literalmente) só para alcançarem o rapaz com a ponta do dedo, e a emoção chega a ser tanta que, na presença dum psiquiatra, poderia ser considerada como sendo assustadoramente avassaladora, dando um bilhete de ida directo para o manicómio com direito a uma sala isolada do mundo exterior. Algo que demonstra o poder da influência social presente nos jovens de hoje.

Sinceramente, não recomendo isto a ninguém em nenhuma circunstância. Publicidade há muita na televisão, e gastar dinheiro e tempo precioso para ir ver um anúncio de 115 minutos é algo completamente desnecessário e dispendioso.



Título Original: Justin Bieber: Never Say Never
Realizador: Jon M. Chu
Intérpretes: Justin Bieber
Música: Deborah Lurie; Justin Bieber
Fotografia: Reed Smoot
Género: Documentário 
Duração: 105 minutos






Scott Pilgrim vs. the World (2010)

Se me dissessem há meses que Scott Pilgrim vs. the World [SPvtW] seria um dos meus filmes favoritos de 2010, eu, certamente, não acreditaria. Aliás, ainda passei algumas (boas) semanas sem o ver, com um certo receio que este estragasse a boa ideia que tinha, e, cada vez mais, tenho, da qualidade de Edgar Wright (Hot Fuzz; Shaun of the Dead) como realizador. Afinal, era eu que estava enganado: Scott Pilgrim vs. the World entrou, sem muito esforço, para a minha lista de must-sees da última década.

Scott Pilgrim (Michael Cera) é um jovem canadiano, baixista numa banda de rock, os Sex Bob-omb, que começou, recentemente, a namorar com Knives (Ellen Wong), uma colegial de 17 anos. Mas eis que conhece Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), e começam os problemas para o pobre Scott: sem saber como acabar a sua relação com Knives, Scott tem ainda de enfrentar os 7 ex-namorados maléficos de Ramona, na esperança de ganhar o seu coração. Tudo isto entre ensaios e batalhas de bandas - é obra!

Os 7 malvados que Scott tem de enfrentar para ganhar o coração de Ramona.

Tudo se complica ainda mais quando Envy Adams (Brie Larson), a rapariga que deixou Scott rumo a Nova Iorque e ao Mundo da música, e a agora vocalista dos mundialmente famosos The Clash At Demonhead, volta à cidade, fazendo Scott relembrar um passado que preferia já ter esquecido. Com nomes como Chris Evans e Brandon Routh nos papéis de vilões, a aventura de Scott culmina numa batalha contra o agente de bandas Gideon Graves (Jason Schwartzman), o mais malvado de todos os 7 ex-namorados de Ramona, e o homem que não lhe sai, literalmente, da cabeça. De destacar, ainda, a participação no filme de Kieran Culkin como Wallace, o amigo metediço de Scott que divide com ele o apartamento.

Ramona (Mary Elizabeth Winstead), a rapariga com que todos nós sonhamos.

SPvtW é um bom filme, valendo, sobretudo, pela sua magnífica banda sonora e pela sua fotografia 'plastificada' com um certo toque de videojogo. Aliás, SPvtW faz mesmo lembrar um daqueles velhinhos jogos arcade, onde tínhamos de derrotar boss atrás de boss para irmos avançando na história. Scott Pilgrim é o teenager que todos temos dentro de nós, e é por isso que nos identificamos tanto com o personagem - a meio do filme damos mesmo por nós a torcer para que ele consiga ficar com Ramona. E não há volta a dar: Michael Cera é mesmo Scott Pilgrim, sem tirar, nem pôr.

Scott Pilgrim vs. the World é um filme que agrada tanto a teenagers fãs da novela gráfica homónima, como a adultos que assistiram ao boom dos jogos arcade. Mais do que isso talvez já seja pedir de mais. Não obstante, é um filme que vale a pena ver, nem que seja pelo seu tom alegre, mesmo nos momentos mais melancólicos e tristes.

«We are Sex Bob-Omb! And we're here to watch Scott Pilgrim kick your teeth in! One-two-three-four!»



Título Original: Scott Pilgrim vs. the World
Realização: Edgar Wright
Argumento: Michael Bacall, Edgar Wright & Bryan Lee O'Malley (novela gráfica)
Intérpretes: Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead, Kieran Culkin, Ellen Wong, Jason Schwartzman
Música: Nigel Godrich
Fotografia: Bill Pope
Género: Acção, Comédia, Fantasia, Romance
Duração: 112 minutos

IMDb: 7.8/10
metacritic: 69/100
Rotten Tomatoes: 81% (7.5/10 average rating)


quarta-feira, 23 de março de 2011

Duas Mulheres (2009): "The L Word is back, baby!"

Pensando bem, já há imensos filmes nacionais que se tornaram ícones da cultura cinematográfica portuguesa, como, por exemplo, O Crime Do Padre Amaro, Call Girl, O Contrato, entre outros, que não foram reconhecidos pela sua realização de qualidade nem pela actuação dos actores intervenientes, mas sim pelo seu ousado conteúdo (nudez). A nova adição a esta colecção é Duas Mulheres, realizado por João Grilo, que se pode dizer mais ou menos semelhante a Call Girl (aliás até conta com uma participação do senhor Nicolau Breyner), mas versão lésbica.

Não se trata dum filme muito difícil de seguir, já que o seu argumento não é muito complexo - embora a atenção do espectador possa ser desviada devido ao surgimento de alguns pares de glândulas mamárias durante longos períodos de tempo, o que poderá dificultar a capacidade de interiorizar certas e determinadas cenas do filme. Mas avançando, trata-se da história duma mulher casada (Beatriz Batarda) (dando ênfase a "casada"), a atravessar uma óbvia crise de meia-idade, que se envolve com uma prostituta de luxo (Débora Monteiro) (pelo menos, é o que ela afirma ser), embora não se saiba bem como, nem o porquê desta relação se iniciar... Paralelamente a este relacionamento extra-conjugal, observa-se também a vida do 'corno' do marido (Virgílio Castelo), que tenta manter a sua posição numa grande empresa e a sua imagem pública, coisa que não corre muito bem já que a sua mulher anda a 'dar umas voltinhas' por fora. Ao descobrir este facto, e na confusão de não saber o que fazer, aparece o mordomo, Joaquim (José Pinto), que se oferece para 'acabar' com o problema. E com o estilo e grandiosidade de um hitman português, Joaquim consegue tirar a prostituta 'da moldura', preservando assim a imagem importante do seu chefe e deixando a mulher com sérios traumas psicológicos.

No geral, e apesar de contar com um elenco bem conhecido do público português, Duas Mulheres está longe de poder ser considerado um bom filme com 'B' maiúsculo, embora não seja algo completamente descartável, sendo, até, de fácil visualização, especialmente numa televisão HD, não vá algum pormenor das estruturas corporais das duas personagens principais escapar a quem o está a ver. A sua visualização pode tornar-se engraçada quando feita com um grupo de amigos - caso contrário, corre o sério risco de adormecer a meio.


IMDb: 5.3/10



domingo, 20 de março de 2011

Regozijem, criançada... (II)

... Sucker Punch já tem duas curtas-metragens animadas.





Porreiro, não é? Agora só falta mesmo o filme completo...

Regozijem, criançada...

... Sucker Punch, o novo filme de Zack Snyder, está quase aí! E, pelo trailer, parece ser verdadeiramente alucinante!



«Close your eyes. Open your mind. You will be unprepared.» - Nas salas portuguesas a 31 de Março de 2011.

Big Buck Bunny (2008)

Tecnicamente simples e moralmente esclarecedora - uma curta, simplesmente, a não perder!


IMDb: 6.9/10

Matinée: 9.0/10

sábado, 19 de março de 2011

Tekken (2010): "Vamos mazé andar à porrada, pá!"

"Parece que hoje em dia videojogos é o que está a dar, então porque não fazer um filme sobre um?" - este pensamento tem sido muito comum nos últimos tempos, e a tentativa mais recente de o pôr em prática é Tekken (2009), realizado por Dwight H. Little, que vem trazer grandes momentos de entretenimento e fascínio não só para os fãs deste grande franchise, mas também aos amantes de filmes de acção - quer dizer, pelo menos suponho que fosse esse o objectivo.

Para quem conhece o jogo não deve ser necessário explicar muito sobre as personagens ou a história; para os que estão pela primeira vez a ouvir falar sobre isto, pode-se dizer que seguimos os acontecimentos dum praticante de artes marciais, Jin Kazama, que se envolve num torneio de artes marciais, o Iron Fist, numa tentativa de desvendar os mistérios do seu passado, e de se livrar da terrível maldição ligada à sua família. No meio disto entrelaçam-se também as histórias de mais 20 e tal personagens, incluindo o pai e avô de Jin, Kazuya e Heihachi Michima, respectivamente, todas elas com o objectivo de vencer o torneio. É pena que o filme não siga essa premissa, excepto, claro, nas personagens (pelo menos, nalgumas delas), e que o torneio, em vez de tudo o que é nos videojogos, seja uma típica história de vingança, em que Jin procura punir os responsáveis pela morte da sua mãe. Para o fazer terá que vencer o torneio Iron Fist, e matar Heihachi Michima (que, por acaso, é seu avô, mas ambos desconhecem este facto), o actual presidente executivo da Tekken, a empresa que controla o Mundo.

Tekken é aquele tipo de filme que irá ficar na memória dos fãs, não pela sua imensa qualidade, mas sim pelo facto de ser apenas mais uma adição à prateleira dos filmes que "destruíram a memória de algo precioso". Mas vá, nem tudo está perdido, neste alucinante fracasso ainda se aproveitam certos elementos: as personagens estão caracterizadas de tal maneira, que se pode quase dizer que estão perfeitas, pelo menos no que diz respeito ao vestuário, coisa que já noutros filmes game-based nem se deram ao trabalho de tentar... No que diz respeito às cenas de luta, não há muito a dizer: nem foram boas, nem foram más. Mas tendo em conta que o tema geral disto tudo é andar à pêra, penso que foi uma grande desilusão - vá, não custava nada esforçarem-se mais um pouco - mas, enfim, Tekken é um filme digno de, pelo menos, uma visualização, nem que seja só para dar umas gargalhadas a ver os passos de dança da personagem principal.

Posso afirmar que não é um filme mau o suficiente para se descartar logo à partida, e que até é agradável vê-lo com os amigos, isto, se conseguir esquecer durante 92 minutos que se baseia no jogo. Se estiver aborrecido ou sem nada para fazer, então dispense um pouco do seu tempo e veja por si mesmo.


IMDb: 5.1/10
Rotten Tomatoes: 36% liked it (2.8/5 average rating)




E agora que o Sol (já) brilha lá fora...

... chega-nos Brutal Relax (2010), uma curta-metragem sobre férias, praia, Sol, e... monstros marinhos.



Enjoy!


Matinée: 8.0/10

sexta-feira, 18 de março de 2011

Zibahkhana (2007)

Em 2007, Omar (Ali) Khan decidiu escrever, produzir e realizar Zibahkhana, um filme de zombies paquistanês que, a dada altura, se transforma, quase que por magia, num mórbido slasher film. Para sermos justos, Zibahkhana tem muito pouco de zombies; opta antes por nos (tentar) fazer imaginar como seria um The Karachi Chain Saw Massacre. Coisa boa, portanto.

A premissa do filme é simples: cinco estudantes paquistaneses, na ânsia de irem ver um concerto da melhor banda do país, mentem aos pais, alugam uma carrinha, e decidem-se meter-se por um atalho que os leva a um bosque no meio do nada. O aborrecido (para eles, pelo menos) é que tudo lhes começa a correr mal, numa sucessão de eventos a fazer lembrar a Lei de Murphy: entre mortos-vivos que lhes aparecem subitamente na estrada, e ficarem sem gasolina no meio do bosque (que, no máximo, nos faz lembrar uma bouça), os cinco estudantes são perseguidos por um assassino psicótico armado com um mangual, e que dá, ironicamente, pelo nome de Baby; no meio deste frenesim, há ainda tempo para receberem na sua carrinha o irmão de Baby, num não lá muito subtil piscar de olho ao burgo do célebre Leatherface.

Zibahkhana é um candidato a filme de culto como só alguns filmes verdadeiramente maus o conseguem ser - o que, de resto, já seria expectável vindo de um filme co-produzido pela mítica distribuidora britânica Mondo Macabro. Francamente, Zibahkhana não nos faz esperar mais nada vindo de Omar Khan, nem, muito menos, dos seus actores. Contudo, nem tudo é mau no primeiro filme de gore paquistanês: o argumento, escrito a meias (literalmente) entre o inglês e o urdu, e que, durante a maior parte do filme, cai no nonsense absoluto, tem o condão de proporcionar ao espectador (algumas) boas gargalhadas. E o que mais poderíamos pedir dum filme deste tipo?

No geral, Zibahkhana é um bom filme para ver com os amigos num dia em que vos apeteça rir a bandeiras despregadas. No entanto, se quiserem um filme de zombies, gore ou terror um pouco mais 'sério', optem por outro: Zibahkhana dificilmente cumprirá esse papel. Nos dias que correm, podem encontrá-lo (muito) esporadicamente nos canais TVCine, sob o nome Terra de Zombies.



IMDb: 5.6/10
Rotten Tomatoes: 49% liked it (3.3/5 average rating)