sábado, 28 de abril de 2012

American Wedding (2003)

A terceira e penúltima parte da história principal de American Pie, American Wedding, de Jesse Dylan. Infelizmente, não tão bem conseguido como os seus antecessores, numa tentativa de finalizar a série acaba por perder muito do espírito instalado nos filmes anteriores e decide seguir um rumo menos juvenil. 

Agora Jim e Michelle estão noivos e, como é de esperar, a preparação não será nada fácil. Com Stifler a atrapalhar, a pouca sorte de Jim e a pouca concordância entre certos membros das famílias dos noivos é quase impossível algo não correr mal. Felizmente, Jim terá sempre o pai por perto para lhe dar os melhores e mais embaraçosos conselhos possíveis.

Para quem já conhece American Pie irá notar uma grande diferença do resto da série, nomeadamente o espírito estudantil típico, mas o pior de tudo é que já se torna um pouco repetido, como uma daquelas piadas que é contada tantas vezes que só nos apetece bater com a cabeça numa parede depois de a ouvir. Também se perde muito em algumas actuações assim como no enredo que achei pouco trabalhado, apenas pegaram na ideia da preparação do casamento e parecem ter ido inventando à medida que avançavam, no entanto, continua a ter algumas partes bastante engraçadas que conseguem puxar o riso ao público.

Em geral, continua a ser tão apreciável quanto os anteriores, embora falhe mais em aspectos técnicos. Embora muita gente possa não gostar deste continuo a achar que é para ver, toda a série merece ser vista, principalmente porque são todos filmes bastante cómicos e apreciáveis, uns mais que outros, mas ainda assim algo que toda gente deve ver.


Título Original: American Wedding (EUA, 2003)
Realizador: Jesse Dylan
Argumento: Adam Herz
Intérpretes: Jason Biggs; Sean William Scott; Alyson Hannigan; Eddie Kaye Thomas; Thomas Ian Nicholas; January Jones; Eugene Levy
Música: Christophe Beck
Fotografia: Lloyd Ahern II
Género: Comédia; Romance
Duração: 96 minutos



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Primeira Espreitadela a "Django Unchained"!

O próximo filme do grande Quentin Tarantino, Django Unchained, agora já tem fotos para atiçar os fãs ansiosos. Com a estreia marcada para 25 de Dezembro, tudo o que se pode pedir é que os Maias não estraguem a festa.

Christoph Waltz e Jamie Foxx   

Leonardo DiCaprio

terça-feira, 24 de abril de 2012

American Pie 2 (2001)

A sequela de uma das comédias mais bem sucedidas dos anos 90, American Pie 2, desta vez realizado por J. B. Rogers. Pode-se dizer que é uma continuação bastante adequada, segue bem as pegadas do seu antecessor, novamente com muita comédia de situação e com o mesmo elenco consistente e profissional.

Os cinco amigos, Jim, Finch, Oz, Stifler e Kevin, juntam-se novamente após o primeiro semestre na faculdade para passarem as férias juntos. Desta vez decidem fazer algo que possam recordar futuramento como tendo sido algo espectacular e épico, uma festa de arromba na casa do lago, que posteriormente já tinha sido usada pelo irmão mais velho do Kevin e os seus amigos. Toda a preparação para a dita festa vai estar cheia de desventuras para os rapazes e, claro, com os típicos comportamentos impróprios do Stifler.

Basicamente é uma boa continuação da história e embora certos elementos possam parecer já ter sido usados em demasia continua a ser uma óptima comédia que volta a evocar tudo aquilo que encantou o público no primeiro filme com tantos, se não mais e melhores, momentos hilariantes. No entanto, o argumento é um pouco repetido, com partes que relembram bastante cenas no filme anterior o que tira um pouco a novidade, Jim continua a ser o desgraçado do grupo a quem tudo corre mal, Stifler o malcriado a quem a palavra 'moral' não diz nada e Finch o pseudo intelectual que agora tenta de tudo para reencontrar a mãe do Stifler, mas ainda assim não perde nada em comparação com o primeiro. As actuações continuam bastante atractivas, assim como todo o ambiente juvenil que continua com uma certa imaturidade, em geral, é tudo o que se podia esperar de um bom seguimento para a história.

Tal como o primeiro, é mais um que toda gente deve ver, assim como qualquer outro filme desta antologia fantástica. Mais uma vez, é um filme óptimo para ver com os amigos num dia que apenas lhe apeteça ficar por casa.


Título Original: American Pie 2 (EUA, 2001)
Realizador: J. B. Rogers
Argumento: David H. Steinberg; Adam Herz
Intérpretes: Jason Biggs; Shannon Elizabeth; Alyson Hannigan; Chris Klein; Thomas Ian Nicholas; Tara Reid;  Seann William Scott; Eddie Kayes Thomas; Mena Suvari
Música: David Lawrence
Fotografia: Mark Irwin
Género: Comédia
Duração: 108 minutos


domingo, 22 de abril de 2012

American Pie (1999)

A grande comédia do virar do século que revolucionou a comédia juvenil. American Pie, de Paul Weitz, marcou a geração dos anos 90 ao ser um filme hilariante, sólido e muito apelativo ao público jovem adulto, que lida com acontecimentos realistas e bastante comuns na vida desse mesmo público, sendo algo com que se identifiquem.

Quatro estudantes do secundário, frustrados com as suas vidas sexuais inexistentes, decidem fazer um pacto onde prometem perder a virgindade antes do ano acabar. Tudo pode acontecer a partir desse momento, e com o baile de finalistas a aproximar-se, a ultima hipótese do grupo concluir o pacto, lidar com tudo incluindo as suas vidas sociais e escolares não será fácil.

Uma comédia muito bem feita que se apoia bastante nas situações ridículas e embaraçosas. Todo o elenco é sólido e consistente, com actores convincentes com quem o público, nomeadamente os adolescentes, se identifica facilmente. O enredo também é bastante sólido, nada de extravagante mas sim simples e fácil de se seguir, é quase impossível uma pessoa passar 5 minutos de filme sem se rir às gargalhadas muitas das situações e dos infortúnios das personagens. Em termos técnicos como realização é bom, não tem falhas visíveis mas também não é nada de extraordinário, para o tipo de filme acho mesmo que nem era necessário, é também um filme que transpira todo o sentimento e emoção de algo que é, obviamente, dirigido para o público juvenil e mesmo sendo tipicamente imaturo maioritariamente, ainda transmite todas aquelas mensagens finais que apelam à moralidade e bom senso do público.

Esta, sim, é a comédia a ver, sem dúvida alguma, principalmente quando maior parte das comédias existentes têm sempre um elemento critico que falha e deita tudo a perder, como má realização ou maus actores, mas este não desilude. Tem tudo que possa apelar a uma pessoa e muito dificilmente haverá alguém que não goste, só se tiver nascido, literalmente, sem qualquer sentido de humor. 



Título Original: American Pie (EUA, 1999)
Realizador: Paul Weitz
Argumento: Adam Herz
Intérpretes: Jason Biggs; Chris Klein; Thomas Ian Nicholas; Alyson Hannigan; Tara Reid; Seann William Scott
Música: David Lawrence
Fotografia: Richard Crudo
Género: Comédia
Duração: 95 minutos



terça-feira, 17 de abril de 2012

Clash Of The Titans (2010)

O que para mim terá sido o maior fracasso de 2010, Clash Of The Titans de Louis Leterrier, não por ter sido mau em geral mas sim por criar uma certa expectativa e simplesmente não lhe fazer justiça. Com um elenco do qual seria de esperar algo um tanto memorável, ou até mesmo algo mais consistente, é algo que não passa de uma sequência rapidíssima de acontecimentos que chega a deixar o público desorientado.

Toda a história do filme baseia-se na mitologia grega, Perseus (Sam Worthington), o filho mortal de Zeus (Liam Neeson), vai em busca duma maneira de impedir Hades (Ralph Fiennes) de libertar o Kraken em Argos antes que o povo decida oferecer a princesa como sacrifício, numa tentativa de impedir o massacre. Para o tal feito, Perseus tem que procurar Medusa e voltar com a sua cabeça, a única arma que poderá parar o Kraken.

O filme parece ter uma vontade enorme de andar muito rápido, é às vezes complicado acompanhar, já que num minuto estamos a tentar criar desenvolvimento de personagens e no outro já está a haver uma batalha que mata mais de metade das personagens, ou seja, não existe qualquer tipo de tentativa de apresentar as personagens - sinceramente cheguei ao final sem saber o nome de nenhuma personagem à excepção de Perseus e os deuses (claro) - o que torna o filme muito vazio e sem sentido nenhum. Nenhuma actuação merece uma menção especial, foram todas medianas, o que também me deixou um pouco desapontado e irritado, principalmente porque tinha imenso potencial, uma história destas merece ser contada com calma e com a devida quantidade de acção e desenvolvimento de personagens, o que não acontece. Acho que a grande falha é mesmo isto, as actuações apenas normais e a pressa enorme de chegar de um lado ao outro, havia tanta gente a morrer a torto e a direito que nem me deu tempo para as processar.

Não perdem nada em vê-lo, mas também não ganham nada, é apenas um pedaço de violência gratuita. Nem mesmo os efeitos especiais o salvam, e eu achei que estavam bastante bons, tanto nas criaturas como nos cenários e tudo isso, mas não havia o suficiente para os apreciar como deve ser. Aguarda-se agora a sequela que já estreou e há que acreditar que não apresentem pior ou da mesma qualidade que este ou nem ver o Pégaso a disparar arco-íris do cú me impede de sair da sala a meio.


Título Original: Clash Of The Titans (EUA, 2010)
Realizador: Louis Leterrier
Argumento: Travis Beacham; Phil Hay; Matt Manfredi; Beverley Cross (1981)
Intérpretes: Sam Worthington; Liam Neeson; Ralph Fiennes; Jason Flemyng; Gemma Arterton; Alexa Davalos
Música: Ramin Djawadi
Fotografia: Peter Mensies Jr.
Género: Acção; Aventura; Fantasia
Duração: 106 minutos


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Take Me Home Tonight (2011)

 Não vivi nos anos 80, mas gostava de ter vivido.

Matt (Topher Grace) é um recém-licenciado pelo MIT indeciso quanto ao rumo que quer dar à sua vida. A trabalhar no clube de vídeo local, descobre que a sua paixão de liceu voltou à cidade, e, fingindo trabalhar no Goldman Sachs, consegue ser convidado por ela para uma festa nessa mesma noite. Matt vê na festa a possibilidade de finalmente conquistar Tori Frederking (Teresa Palmer), arrastando a sua irmã (Anna Farris) e o seu melhor amigo (Dan Fogler) para a noite mais louca das suas vidas.

Entre o consumo de cocaína, a presença de Michael Biehn no elenco como o pai de Matt e Wendy e o DeLorean "escondido" algures durante o filme é impossível não sentir o ambiente à anos 80 que a fita tenta transmitir. Caso isso falhe, há ainda os blazers usados com as mangas arregaçadas, os óculos escuros à noite, os penteados modelados com recurso a latas e latas de laca e espuma, e algumas outras coisas capazes de puxar pelo saudosismo de muito trintão e quarentão que decida ver o filme. Michael Dowse fez um bom trabalho nesse aspecto, mesmo que a sua realização por vezes possa deixar algo a desejar. A banda sonora de luxo (os créditos de abertura são passados ao som de Duran Duran, por exemplo) ajuda a completar o círculo.

Take Me Home Tonight merece a estranha distinção de poder ser considerado um dos melhores filmes sobre os anos 80 feito fora dos anos 80. O que podia ter corrido terrivelmente mal não correu, e o resto foi-se compondo à medida que o filme foi avançando. As referências as anos 80 não são muitas, mas chegam para entreter, as personagens não são muito profundas, mas chegam para disfarçar as fragilidades dos actores que as interpretam, o filme não é nada de especial, mas chega para distrair durante hora e meia.


Título Original: Take Me Home Tonight (EUA/Alemanha, 2011)
Realizador: Michael Dowse
Argumento: Jackie Filgo, Jeff Filgo, Topher Grace, Gordon Kaywin
Intérpretes: Topher Grace, Anna Faris, Dan Fogler, Teresa Palmer, Chris Pratt, Michael Biehn
Música: Trevor Horn
Fotografia: Terry Stacey
Género: Comédia, Romance
Duração: 97 minutos
 


sexta-feira, 13 de abril de 2012

My Soul To Take (2010)

Um típico teen slasher thriller à estilo Wes Craven é tudo que um fã de filmes de terror poderia desejar ver, com pérolas como Nightmare On Elm Street (1984) e a tetralogia Scream é impossível não ter grandes expectativas e tal é aplicado a My Soul To Take

Riverton é uma pequena cidade assombrada por um serial killer, o Riverton Ripper, que sofre de transtorno dissociativo de identidade, sendo que uma das personalidades é um assassino. Este acaba por tentar matar a mulher grávida mas é aparentemente morto por polícias, que na ambulância a caminho do hospital, são atacados pelo assassino que afinal não estava morto e a ambulância despista-se e o assassino desaparece, curiosamente sete crianças nascem nessa mesma noite. 16 anos mais tarde Riverton Ripper não é nada mais que uma lenda local e as realizam anualmente uma espécie de ritual para garantir que o assassino não volta para os matar. Reza a lenda que as personalidades do assassino foram divididas pelas crianças que nasceram na noite em que desapareceu, escusado será dizer que todos começam a morrer um a um e o pior de tudo é que o assassino está constantemente entre eles desde que nasceram.

O argumento está cheio de elementos típicos de Wes Craven que relembram os seus antigos filmes, mas acima de tudo tem potencial que infelizmente não foi explorado ao máximo, seria de esperar com um grande grau de entretenimento que nos deixasse agarrados à cadeira, no entanto perde demasiado em actuações fracas e com explicações inconsistentes do tema em questão, as multi-personalidades que reencarnam nos bebés. Um dos poucos pontos a favor é a clara semelhança a Scream, cheio de reviravoltas, principalmente no clímax mas acaba por ser um pouco excessivo e perde a sua integridade. Ainda assim, mesmo com reviravoltas, todo o final é previsível e o filme ainda tenta pelo meio confundir o espectador mas para pessoas que já conhecem o género será difícil não conseguir adivinhar quem é quem. 

Resumindo, não é bem a qualidade terrorifica que se esperaria de Wes Craven, mas também não se perde por completo, continua a ser um filme de terror que não perdiam nada em ver. São raros os momentos de saltar a espinha mas os que há nem são maus, no entanto se procuram um filme de terror de boa qualidade como outros do mesmo realizador, este não é para vocês.


Título Original: My Soul To Take (EUA, 2010)
Realizador: Wes Craven
Argumento: Wes Craven
Intérpretes: Max Thieriot; John Magaro; Denzel Whitaker; Zena Grey; Nick Lashaway; Paulina Olszinski; Jeremy Chu
Música: Marco Beltrami
Fotografia: Petra Korner
Género: Terror; Thriller
Duração: 107 minutos



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Drag Me To Hell (2009)

Drag Me To Hell, realizado em 2009 por Sam Raimi, com argumento deste e do seu irmão, Ivan Raimi,  retrata a história de Christine Brown (Alison Lohman), que como profissão gere empréstimos de pequenas empresas e pessoas num banco. Certo dia,  Mrs. Ganush (Lorna Raver), uma senhora de idade cigana visita o banco com o intuito de tratar da hipoteca de sua casa, na iminência de num futuro próximo todos os seus bens serem penhorados devido ao incumprimento dos pagamentos. Mrs. Ganush é atendida por Christine e implora por um terceiro  adiamento do pagamento da hipoteca, mas esta com o intuito de impressionar o patrão de forma a conseguir uma desejada promoção, recusa o adiamento, fazendo com que Ganush perca todos os seus bens. Mais tarde, após abandonar o banco para ir para sua casa, Christine é abordada por Mrs. Ganush que a amaldiçoa por ter recusado o adiamento da hipoteca.

Drag Me To Hell é um filme que contém boas actuações, principalmente por parte das actrizes Lorna Raver e Alison Lohman. Apesar do argumento desta longa-metragem ser um pouco cliché (tendo em conta a quantidade de filmes de terror realizados ao longo do tempo é dificil ser-se original), mas apesar disso é um filme a ter em consideração por parte dos fãs de filmes de terror. Um dos aspectos que mais me intrigou e impressionou neste filme foi o seu fim irónico e totalmente inesperado, algo que no desenrolar do acção seria impensável por parte dos espectadores. No capítulo técnico, as cenas estão bem gravadas e os efeitos sonoros perfeitamente adequados às situações. Um filme que deverá ver definitivamente se é fã deste género.


Título Original: Drag Me to Hell (EUA, 2009)
Realizador: Sam Raimi
Argumento: Sam Raimi, Ivan Raimi
Intérpretes: Alison Lohman, Justin Long, Lorna Raver,
Dileep Rao, Adriana Barraza
Música: Christopher Young
Fotografia: Peter Deming
Género: Terror, Thriller
Duração: 99 minutos




domingo, 8 de abril de 2012

Seconds Apart (2011)

Provavelmente o melhor filme até agora produzido e distribuído pela After Dark Films, Seconds Apart, de Antonio Negret, trás de volta o que se tem vindo a perder ao longo da ultima década nos filmes de terror, o empenho e criatividade que juntos criam algo minimamente credível que deixe um arrepio na espinha. Faz parte da série de oito filmes, After Dark Originals, do qual fazem parte também Husk (2011), de Brett Simmons, e Prowler (2010), de Patrik Syversen.

O filme é sobre dois irmãos gémeos, que possuem poderes telepáticos bastante desenvolvidos, no entanto demonstram atitudes psicopáticas, desde falta de emoções ao completo desprezo pela vida humana. Numa tentativa de compreender as emoções humanas, os irmãos usam os seus poderes para manipular os colegas de escola, mas tudo corre mal quando os colegas começam a morrer de formas duvidosas e há um desentendimento desastroso entre os irmãos.

Seconds Apart tem tudo que uma pessoa poderia querer num filme de terror para ver no fim-de-semana à noite, tem todo o ambiente de suspense necessário e a quantidade perfeita de gore para o género de filme, a juntar a umas boas actuações e uma boa realização. Achei que todo o conceito de gémeos com poderes telepáticos e ambos com uma personalidade psicótica é simplesmente genial e a maneira como os actores transmitiram essa sensação é muito boa, para além disso, há temos também Orlando Jones com um papel muito bem desempenhado de um detective inquebrável com uma vontade de ferro. Há momentos um pouco parados no filme que envolvem muito diálogo inútil e pouco consistente, mas de certa forma até ajudaram a criar toda a preparação para um clímax previsível mas que mesmo assim surpreende.

Obviamente, algo que fãs hardcore do cinema de terror irão gostar, nota-se claramente que é um filme com carácter e não simplesmente uma sequência de hora e meia com chacina a torto e a direito sem qualquer tipo de conteúdo relevante.



Título Original: Seconds Apart (EUA, 2011)
Realizador: Antonio Negret
Argumento: George Richards
Intérpretes: Orlando Jones; Edmund Entin; Gary Entin; Samantha Droke
Música: Lior Rosner
Fotografia: Yaron Levy
Género: Thriller; Terror
Duração: 89 minutos




sábado, 7 de abril de 2012

Source Code (2011)

Colter Stevens: «Christina, what would you do if you knew you had less than one minute to live?»
Christina: «I'd make those seconds count.»

Um homem acorda num comboio confuso em relação à sua identidade. Oito minutos depois, o comboio explode. O homem é Colter Stevens (Jake Gyllenhaal), um piloto da Força Aérea que, através de um programa do exército, é capaz de voltar ao passado durante oito minutos de cada vez. Esta é a premissa básica de Source Code, simplificada ao máximo. Na realidade, a viagem ao passado não é mesmo uma viagem no tempo, antes uma forma de realidade alternativa, o código-base, gerada através dos impulsos eléctricos de um cérebro recentemente falecido. Em teoria, nada pode ser alterado no código-base, cabendo a Colter Stevens procurar pistas no comboio que ajudem a impedir um ataque terrorista na vida real. Na prática, não será bem assim. 

Source Code é um filme em crise de identidade. Ben Ripley, que já havia sido o responsável pelo argumento de filmes como Species III e Species: The Awakening, parece ainda mais confuso do que o espectador em relação à natureza da história (se é que é possível), falhando em lhe dar um final satisfatório. A realização de Duncan Jones e a interpretação de Gyllenhaal vão aguentando o filme, mas não conseguem fazer milagres face a um argumento tão frágil como este. Michelle Monaghan vai aparecendo e desaparecendo, tal como Vera Farmiga e Jeffrey Wright, que só lá estão para fazer número, e porque alguém tinha de atar as pontas soltas fora do alcance de Colter Stevens. As suas interpretações não são más, mas com Gyllenhaal a monopolizar o tempo de ecrã e o destino da película seria complicado fazer melhor. Os efeitos especiais vão melhorando ao longo do filme, com a primeira explosão do comboio a ser, de longe, a menos credível.

Depois de Moon ter abalado meio Mundo, Source Code poderia ter sido a confirmação definitiva de Duncan Jones como um dos melhores realizadores actuais de ficção-científica. É verdade que a coisa não lhe saiu completamente mal, mas quem alia esforços a Ben Ripley não pode esperar um argumento consistente e digno de valor. A confirmação, pelo menos para mim, terá de ser adiada por mais um filme.


Título Original: Source Code (EUA, 2011)
Realizador: Duncan Jones
Argumento: Ben Ripley
Intérpretes: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright, Michael Arden
Música: Chris Bacon
Fotografia: Don Burgess
Género: Acção, Ficção-Científica, Thriller
Duração: 93 minutos



segunda-feira, 2 de abril de 2012

The Hunger Games (2012)

Tive o desejo incontrolável de ir ver o filme desde que estreou, não por ser fã dos livros (nem os conhecia antes) mas porque achei que se seria uma história até bastante interessante, mas acabou por não ser tão satisfatório quanto pensava. The Hunger Games, de Gary Ross, é fundamentalmente mais uma adaptação de um romance que não me pareceu atingir o seu potencial máximo.

Numa sociedade pós-apocalíptica, a nação é dividida em doze distritos e o Capitólio. Os líderes da nação sorteiam dois tributos de cada distrito, uma rapaz e uma rapariga, para participarem num jogo de sobrevivência onde apenas um tributo sai vitorioso. Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e Peeta Mellark (Josh Hutcherson) são os tributos do Distrito 12 do 74º Hunger Games, e estão prestes a enfrentar um teste que vai por à prova a vontade de viver de cada um.

Não cheguei a ler os livros, por isso fui ver o filme de mente aberta mas também com boas expectativas e acabei por, no final, suspirar um 'meh'. Acabou por não ser tão divertido quanto achava que seria, é simplesmente um filme razoável mas com várias falhas, tanto técnicas como a nível de história e situações, as quais espero não terem sido recriadas tal e qual como no livro, senão nem o livro tenciono ler. As actuações são boas, não me posso queixar, no entanto o trabalho de câmera é estranho, muito mexido em partes que deveria ser estagnante e por vezes para um pouco excessivo. Toda a história é contada com bastantes lapsos ao longo do filme, o que afecta todo o desenvolvimento das personagens, que causam pouco impacto no público por essa mesma razão, e existem mudanças de carácter de personagens que acabam por ser um pouco confusas e pouco explicadas.

Em geral, apenas mais uma adaptação que visa o sucesso nas bilheteiras ao atrair os jovens adolescentes, tal como a saga Twilight, tanto os livros como os filmes, que mesmo com uma história chata e redundante continua a ser um sucesso misterioso, The Hunger Games, infelizmente, irá seguir pelo mesmo caminho, acabando por denegrir todo o seu potencial, o que é algo indesculpável. Os fãs dos livros poderão gostar do filme, enquanto que os restantes que não esteja tão familiarizados será apenas mediano.


Título Original: The Hunger Games (EUA, 2012)
Realizador: Gary Ross
Argumento: Gary Ross; Suzanne Collins; Billy Ray
Intérpretes: Jennifer Lawrence, Willow Shields; Josh Hutcherson; Woody Harrelson
Música: T-Bone Burnett; James Newton Howard
Fotografia: Tom Stern
Género: Acção; Ficção-Científica; Drama
Duração: 142 minutos



domingo, 1 de abril de 2012

The Green Hornet (2011)

The Green Hornet, retrata a história de Britt Reid (Seth Rogers), um irresponsável de 28 anos que não tem qualquer rumo na vida, cujo pai, por contraste, é o presidente do periódico The Daily Sentinel. Após a morte do seu pai, Britt ocupa o seu cargo e decide despedir todos os funcionários para depois readmitir Kato (Jay Chou), o ex-empregado do falecido. Após Britt e Kato apanharem uma bebedeira decidem tornar-se numa espécie de vigilantes contra o crime.

O filme tem um argumento algo fraco, com a história a avançar demasiado depressa, podendo baralhar os espectadores mais desatentos. Um dos únicos aspectos bons de The Green Hornet é o pequeno papel desempenhado por Christoph Waltz que, por momentos, conseguiu tornar o filme interessante e cómico. Uma coisa é certa: para um filme de comédia, The Green Hornet gera risos na audiência, mas, infelizmente, pelas razões erradas.

Resumindo e concluindo, The Green Hornet é simplesmente um filme que foi realizado exclusivamente para obter lucros, com bons efeitos especiais, mas não  muito mais do que isso. Siga o meu conselho e não o vá ver ao cinema, é perfeitamente dispensável e a sua carteira agradece.



Título Original: The Green Hornet (EUA, 2011)
Realizador: Michel Gondry
Argumento: Seth Rogen, Evan Goldberg (baseado nos programas de rádio de George W. Trendle)
Intérpretes: Seth Rogen, Jay Chou, Cameron Diaz,
Tom Wilkinson, Christoph Waltz
Música: James Newton Howard
Fotografia: John Schwartzman
Género: Acção, Comédia, Crime
Duração: 119 minutos