Já lá vão 10 anos desde o primeiro Resident Evil, o franchise de video jogos da Capcom que virou saga de cinema, surpreendentemente, continua com um sucesso bastante firme e promete não acabar em Retribution. Paul W.S. Anderson volta ao papel de realizador, com mais um trabalho suficientemente satisfatório apenas para os fãs aficionados da série.
Mais uma vez, Alice vê-se capturada pela Umbrella Co., agora liderada pela Red Queen, um computador cujo único objectivo é exterminar a vida na terra. Uma parceria improvável entre Alice (Milla Jovovich) e Albert Wesker (Shawn Roberts) parece ser a última hipótese da humanidade, por isso Wesker envia uma equipa especial para salvar Alice. Como se não bastasse serem perseguidos pelos soldados da Umbrella, também têm que lidar com os zombies, que agora estão maiores e mais imparáveis.
Desde o segundo filme que a série tem sofrido de graves problemas de continuidade e Retribution não é excepção, a cada novo filme sinto a necessidade de rever o anterior para ter a certeza que não me faltou nada, infelizmente isso não ajuda e continuo a ficar confuso com certas falhas no argumento integral da série. Personagens aparecem e desaparecem sem qualquer tipo importância, e embora possamos revisitar velhos conhecidos de filmes anteriores é lhes dada tão pouca atenção que se torna irrelevante. São introduzidos novas personagens já conhecidas dos jogos, Leon Kennedy (Johann Urb), Ada Wong (Bingbing Li) e Barry Burton (Kevin Durand), três ícones que não podiam faltar para atrair mais os fãs. Prémio para interpretação mais fiel vai para Johann Urb que desempenha o papel de Leon de forma impecável. Muito do diálogo é apalermado e tira completamente a credibilidade das personagens.
Resident Evil: Afterlife sofria de excesso de slow-motion, isto é algo que se mantém em Retribution mas muito mais excessivo, penso que todo o filme teria uma duração de 50 minutos se não houvesse slow-motion. Depois temos um conjunto bastante grande de planos das cara de confusão da Milla Jovovich ou de corpo inteiro com o seu fato de BDSM, aí são mais 15 minutos de filme. Outra coisa que achei curioso, e um pouco estranho, foram as novas evoluções dos zombies, nomeadamente o Licker gigante e os zombies russos a usarem armas. No entanto gostei bastante da adição do parasita Las Plagas, uma referência muito bem vinda ao Resident Evil 4.
Cada vez mais é díficil não continuar a ir ver as sequelas, começa a ser daquele tipo de filmes que se vê para a diversão e sai-se sempre da sala de cinema com um sorriso de satisfação na cara. Toda a parte misteriosa e mais intrigante da história já desapareceu, agora já se baseia apenas em longas cenas de pura acção e se houver mais uma sequela o final do Retribution dá a entender que vai ser uma balbúrdia completa. Se gostam de acção e são fãs de Resident Evil, este filme é feito para vocês, e se ainda não viram os anteriores então não sei do que estão à espera.
Título Original: Resident Evil: Retribution (Alemanha/Canadá, 2012)
Realizador: Paul W.S. Anderson
Argumento: Paul W.S. Anderson
Intérpretes: Milla Jovovich; Sienna Guillory; Michelle Rodriguez; Aryana Engineer; Bingbing Li; Boris Kodjoe; Johann Urb; Kevin Durand; Shawn Roberts
Música: tomandandy
Fotografia: Glen MacPherson
Género: Acção, Ficção Científica, Terror, Thriller
Duração: 95 minutos
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