Vacas a caírem do céu, chineses incompreensíveis e Ricardo Darín como protagonista. Tudo isso junto dá Un Cuento Chino, de Sebastián Borensztein, uma das mais recentes perólas da cinematografia argentina.
Roberto, a personagem de Darín, é um homem solitário e amargurado, dono de uma drogaria. A sua vida vai, no entanto, mudar quando conhece Jun (Ignacio Huang), um jovem chinês que não fala espanhol, e o acolhe em sua casa. A comunicação entre os dois nem sempre é fácil, mas Roberto e Jun ajudam-se mutuamente, mesmo sem se aperceberem. E assim começa uma série de aventuras e desventuras entre as duas personagens, com um desfecho nem sempre tão previsível quanto isso.
Um filme que conte com Ricardo Darín como protagonista corre sempre o sério risco de ter qualidade acima da média. Darín volta a dar cartas num papel dramático, provando que continua a ser um dos melhores actores de língua espanhola do momento. Ignacio Huang, mesmo falando um idioma incompreensível para a grande maioria da audiência, segue as pisadas de Darín na película, com Muriel Santa Ana (a Mari do filme) a não lhes ficar muito atrás.
Quase sem notar, acabei por ver Un Cuento Chino duas vezes durante o Fantasporto. O filme tem um potencial de entretenimento enorme, sendo capaz de encantar virtualmente qualquer pessoa que o veja. Falha nalguns aspectos, mas não o suficiente para deixar de ser um bom filme. Un Cuento Chino tem de tudo, no momento certo: drama, comédia e romance, sem, no entanto, se tornar cansativo (a duração do filme, pouco mais de hora e meia, é perfeita para o que se pretendia). Quem o quiser ver pode encontrá-lo nos cinemas portugueses a partir de 24 de Maio.
Título Original: Un Cuento Chino (Argentina/Espanha, 2011)
Realizador: Sebastián Borensztein
Argumento: Sebastián Borensztein
Intérpretes: Ricardo Darín, Ignacio Huang, Muriel Santa Ana
Música: Lucio Godoy
Fotografia: Rolo Pulpeiro
Género: Comédia, Drama
Duração: 93 minutos
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