Mais um ícone do terror nos anos 80 e que até hoje ainda tem impacto, Friday the 13th. Mesmo não sendo aquilo que se possa chamar de um bom filme, consegue ainda ser bastante memorável. Fez sucesso nas bilheteiras o que levou à criação de uma imensidade de sequelas que de certo modo degradaram toda a imagem do original.
Um grupo de conselheiros do campo de férias em Crystal Lake são subitamente atacados um a um por um assassino desconhecido. Sem maneira de identificar o assassino resta fugir, mas entretanto são descobertos segredos assombrosos acerca do passado do campo Crystal Lake.
Friday the 13th não tem muito a seu favor. O trabalho de Sean S. Cunningham não é nada de especial, quase não existe qualquer tipo de enredo e as actuações são de torcer o nariz. No entanto é um filme que conseguiu arrecadar bastante nas bilheteiras e aglomerar uma base de fãs bastante extensa. Porque? Simplesmente por ser um daqueles filmes de terror que por muito maus que sejam conseguem cativar e são de facto divertidos de ver. A quantidade de gore é de agradar ao público, o que seria de esperar sendo algo encarregue a Tom Savini, que já tinha feito um ótimo trabalho em Dawn Of The Dead. Com as cenas de morte explicitas, uma quantidade abundante de clichés, música arrepiante e um ambiente de cortar à faca, literalmente, tornam isto num clássico, indiscutivelmente. Penso que será uma boa demonstração de que para termos um bom filme de terror, não são necessários efeitos muito elaborados ou planos planeados a pente fino. São as próprias imagens rudes e pouco trabalhadas que trazem o toque certo para este género específico.
Com o sucesso veio o declínio. As sequelas que daqui vieram ficaram gradualmente piores e até agora já conta com 12 filmes no total, incluindo o crossover com Nightmare On Elm Street e o remake de 2009. Esclareço também que ao contrário daquilo que se pensa, Jason Voorhees não é o antagonista deste filme, mas sim das sequelas, isto é importante para quem nunca viu o original. Embora o símbolo mais associado ao franchise seja o assassino imortal que usa uma máscara de hóquei, ele nunca aparece no primeiro filme e muitos se esquecem deste facto.
Graças ao seu estatuto de um clássico do cinema de terror é merecedor de menção aqui no blog para este Halloween, assim como recomendado para uma possível maratona de filmes de terror. Para quem nunca viu e é gosta do género então recomendo vivamente.
Realizador: Sean S. Cunningham
Argumento: Victor Miller; Sean S. Cunningham; Ron Kurz
Intérpretes: Betsy Palmer; Adrienne King; Jeannine Taylor; Robbi Morgan; Kevin Bacon
Música: Harry Manfredini
Fotografia: Barry Abrams
Género: Terror
Duração: 95 minutos
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