Depois de já por cá termos falado de LE QUAI DES BRUMES, de Marcel Carné, a propósito daquela memorável cena na cama que na altura - anos 30 - se assumiu como uma representação pioneira da sexualidade no Cinema, reservamos agora o momento para CASQUE D'OR, de Jacques Becker.
Quase duas décadas depois de Carné, Becker faz da cama de uma pensão - será uma pensão? - peça central de um filme. Explique-se a cena, para quem não a conhece: Manda, criminoso reabilitado mas obrigado a assassinar um rival durante uma rixa, foge de Paris para não ser preso. Marie, antiga acompanhante do defunto e interesse amoroso de Manda, atrai-o a uma casa no campo, onde o espera. Manda descansa num prado junto ao rio, desconhecendo quem lhe pediu para se deslocar ao local, até que Marie lhe surge, acordando-o. Fade para preto. Manda e Marie aparecem juntos na cama.
Perdoe-nos o leitor o estranho campo-contra-campo acima ensaiado, mas uma sequência destas merece a devida atenção. Confirme-se, pois, Jacques Becker como um dos grandes nomes do Cinema clássico.
CASQUE D'OR (1952), de Jacques Becker
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