Não me lembro de alguma vez termos assinalado por aqui a morte de alguém. Ou de a termos, sequer, mencionado. Acho que escrevo pelos restantes redactores do Matinée Portuense que preferimos ver o Cinema de uma forma positiva, celebrando quem já partiu através das suas obras. Esta ocasião, contudo, não podia passar em claro.
Morreu ontem Roger Ebert, um dos mais influentes - se não mesmo o mais - críticos de cinema a nível mundial. Com uma carreira de 46 anos, na imprensa escrita - escrevia para o Chicago Sun-Times - e na televisão, dedicou-se a promover a excelência na Sétima Arte. Publicou, ainda, mais de duas dezenas de livros e tornou-se, em 1975, o primeiro crítico de Cinema a receber um Pulitzer.
Numa nota mais pessoal, Ebert foi um dos "responsáveis" - juntamente com um punhado de outros críticos - pela minha introdução nestas brincadeiras cinéfilas. Gostaria de deixar estas suas linhas - donde se destaca, logo a abrir, «I know it is coming, and I do not fear it, because I believe there is nothing on the other side of death to fear.» - como forma de lembrar a sua memória. Foi-se o homem, mas ficou a obra.
Obrigado, Mr. Ebert.
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