JESSABELLE, de Kevin Greutert, nada surpreende, apoiando-se num argumento disparatado, actuações medíocres e uma realização preguiçosa, é apenas mais uma fraca tentativa a um filme de terror. Parece haver uma estranha obsessão por planos frontais de Sarah Snook, uma inquietante busca artística, e um conjunto desnecessário de cenas que existem para que o filme não tenha apenas 50 minutos.
Tudo começa relativamente simples, Jessabelle (Sarah Snook), incapacitada após um acidente de viação, vê-se obrigada a voltar para casa do pai, para que este a ajude durante a sua recuperação. O que Jessabelle não sabe será a sua ruína, quando uma estranha presença a assombra e velhas cassetes de video da sua mãe predizem um destino terrível.
Inconsistente do inicio ao fim, esta fantasia de terror melodramático nunca assusta nem emociona. Os fracos desempenhos por parte dos actores apenas pioram as personagens que já pouca exposição possuem e a protagonista exausta-nos com a sua sarcástica omnipresença. Sarah Snook no papel de Jessabelle é desinteressante e consistentemente nauseante, com uma expressão estarrecida e de estupefacção constante, num esforço exaustivo de transmitir inocência sem que alguma vez pareça natural. Acompanhada por Mark Webber, no papel de Preston, formam um dos casais mais inábil e incómodos dos últimos tempos-
O pior aspecto de tudo isto será o trabalho de Kevin Greutert, indeciso nos seus modelos, parece estar constantemente a alterar de estilo, mais preocupado com uma imagem limpa e colorida do que propriamente com a coesão espacial-temporal da acção. Juntamente com o incrivelmente aborrecido e pouco inspirado argumento de Robert Ben Garant, tornam Jessabelle num terror desinteressante com uma fraca execução em todos os aspectos.
Realizador: Kevin Greutert
Argumento: Robert Ben Garant
Intérpretes: Sarah Snook, Mark Webber, Joelle Carter, David Andrews, Chris Ellis, Ana de la Reguera
Música: Anton Sanko
Fotografia: Michael Fimognari
Género: Terror, Thriller
Duração: 90 minutos
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