Não é preciso muito tempo para se perceber que BROKEN CITY é mais do mesmo. Nem seria outro o objectivo de Allen Hughes, metade da dupla responsável por The Book of Eli - o pós-apocalíptico que punha meio Mundo à procura da última cópia conhecida da Bíblia -, aqui com a oportunidade de se afirmar a solo na cadeira de realizador. Não arriscando, construiu um filme comezinho, com o cast a suportar o argumento sofrível.
Do ex-polícia alcoólico e cocaínado ao mayor corrupto - nos tempos que correm a figura parece estar na moda -, é fácil prever o desenvolvimento da narrativa. Sem rasteiras, truques ou twists, tudo corre conforme o esperado. A solução, face a tamanha incapacidade criativa, passava obrigatoriamente por confiar aos intérpretes a responsabilidade de agarrar a audiência. E se o fim não é completamente alcançado - o espectador tenderá sempre a dispersar a sua atenção quando exposto a uma estória tão pouco original -, é o elenco que consegue unir as pontas soltas do filme.
Hughes, que, nunca fugindo à fórmula, demonstra aqui e ali momentos de alguma habilidade - a cena no cinema acaba por ser uma das melhores da fita -, fez o que dele se esperava. Procurar em Broken City algo de novo - ou, para todos os efeitos, de excelente - é perder tempo. Dentro da média.
Realizador: Allen Hughes
Argumento: Brian Tucker
Intérpretes: Mark Wahlberg, Russell Crowe, Catherine Zeta-Jones, Jeffrey Wright, Barry Pepper, Alona Tal, Natalie Martinez, Kyle Chandler, Griffin Dunne
Música: Atticus Ross, Leopold Ross, Claudia Sarne
Fotografia: Ben Seresin
Género: Crime, Drama, Thriller
Duração: 109 minutos
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