segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nazis numa América distópica

Recentemente, ao ver DEATH RACE 2000, de Paul Bartel, reparei num pormenor engraçado. Na sequência de abertura pós-créditos, surge ao som de uma versão desafinada do hino norte-americano um individuo envergando uma bandeira Nazi. O gesto, que imagino polémico à data de estreia do filme - se ainda hoje o será -  despertou-me curiosidade.


E se o resto da resposta de Roger Corman ao sucesso de ROLLERBALL - muitíssimo superior - se faz em sequências ridículas de corrida e diálogos inanes, é curioso relembrar a mensagem distópica que se tenta veicular na obra. Há um partido omnipresente, um jogo sangrento que serve de ópio para as massas e um Senhor Presidente que insiste em culpar os estrangeiros de tudo. O filme até pode ser fraquinho - ou, em abono da verdade, nem a isso chegar -, mas a intenção, essa, pelo menos está lá.

António Tavares de Figueiredo

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