Se a Terra algum dia for vítima de uma invasão alienígena o mais certo é que alguns dos primeiros alvos a abater se situem nos EUA. Em Battle: Los Angeles os extra-terrestres atacam vinte cidades costeiras de dezassete países. Como o título indica, Los Angeles é uma delas e acção passar-se-á por lá. Como o título também indica, das vinte cidades só uma resistirá às ofensivas dos invasores, com os americanos a serem os únicos com a organização e os recursos necessários para fazer frente à investida alienígena. Estes, personificados nas figuras de um sargento perseguido pelos seus demónios pessoais (Aaron Eckhart, a merecer um papel melhor do que o que recebeu) e da sua fiel tropa de bem treinados Marines (onde se destaca Michelle Rodriguez, em mais do mesmo a que já nos habitou), irão liderar a humanidade na resposta aos ataques vindos de outro mundo, e recuperar uma cidade destruída por uma guerra, ao início, desequilibrada. Havia outros sítios mais óbvios por onde começar a contra-ofensiva, mas como Hollywood costuma dar-se mais importância do que realmente tem escolheu-se Los Angeles. Tudo bem, também não será por aí que o filme peca.
Que os norte-americanos gostam de se ver como os paladinos do Mundo já não é novidade para ninguém. Sejam extra-extraterrestre malignos, zombies devoradores de gente ou vampiros sedentos de sangue, são eles que contêm a ameaça e preparam a contra-ofensiva. Ao princípio podia parecer engraçado, mas vários anos do mesmo esgotaram-lhe o falso sentimento de heroísmo e puseram a descoberto a visão redutora que os EUA (e, em particular, Hollywood) têm do resto do Mundo. Este Battle: Los Angeles não foge à regra (como poderia?) e vai servindo como publicidade para os patrióticos Marines, sempre dispostos a derramar o seu sangue, e, já agora, o dos seus adversários, em nome da sua nação. Variando entre boletim de informação, com o coro de vozes a ecoar em comunicações por rádio e avisos à navegação, e modo de guerrilha urbana, a fita funciona como bom entretenimento, leve e desenhado a pensar em quem não o quer fazer. Não é tão mau quanto alguns possam julgar, mas está longe de ser o melhor dentro do seu género. Muito longe.
Realizador: Jonathan Liebesman
Argumento: Christopher Bertolini
Intérpretes: Aaron Eckhart, Ramon Rodriguez, Cory Hardrict, Ne-Yo, James Hiroyuki Liao, Will Rothhaar, Bridget Moynahan, Jim Parrack, Michelle Rodriguez
Música: Brian Tyler
Fotografia: Lukas Ettlin
Género: Acção, Ficção-Científica
Duração: 116 minutos
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